A prática da sustentabilidade por meio do modal shift em direção à multimodalidade : estudo de caso do transporte de contêineres no Porto de Santos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esta dissertação examina o conceito de Modal Shift na gestão de negócios prestados em serviços logísticos com a atividade de um operador de transporte multimodal. O eixo epistemológico é o conceito de Modal Shift que é o estudo inserido em escolha das características dos modais de transporte, com relação aos fatores de emissões de gases do efeito estufa (GHG). No que tange a metodologia, a pesquisa estudo de caso exploratório, revela os dados funcionais do Modal Shift por meio dos serviços da empresa ITRI Rodoferrovia e Serviços Ltda., na atividade de OTM - Operador de Transporte Multimodal. Os métodos de coleta de dados utilizados foram: pesquisas bibliográficas, entrevistas, observação dos modelos de programas de transporte públicos e privados, relatórios corporativos e documentos extraídos diretamente da empresa investigada. As construções teóricas do conceito de Modal Shift sobre a questão das emissões e da influência dos modos são verificadas com a revisão da literatura por: Rodrigue, J. P.; Comtois, C.; Slack, B. (1999); Bravo, M. L. (2000); Ruesch, M.; Rapp, A.G.I.; Zurich, P. (2001); Geerts, J. F. (2002); Ogawa, K. (2004); Bontekoning, Y.M.; Macharis, C.; Trip, J.J. (2004); Bloemhof, J.; Van Nunen, J. (2005); Okano, H. (2006); Blauwens, G.; Vandaele, D.N.; Voorde, E.C.; Vernimmen, B.; Witlox, F. (2006); Akabane, G.K. (2009). A pesquisa de campo ocorreu no Porto de Santos na observação de modelos de Modal Shift para explorar a ferrovia na gestão de transporte de contêineres, por remoção aduaneira de carga, do Município de Santos SP para o Município de Suzano SP, em direção ao CRAGEA - Companhia Regional de Armazéns Gerais e Entreposto Aduaneiro. O método de difusão da visão de sustentabilidade da empresa é o Balanced Scorecard (BSC) que possibilita expor a visão estratégica da multimodalidade aos colaboradores e stakeholders, a partir de indicadores específicos, para gestão e controle do impacto ambiental, na participação do setor privado por serviços públicos em transporte de cargas. O método de cálculo de emissões estipulado no Greenhouse Gas Protocol publicado pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), foi utilizado neste estudo de caso como um parâmetro técnico para calcular as emissões de GHG, com base em fatores de emissões específicos de cada modal, a partir de dados da ITRI. O resultado quantitativo de CO2 foi obtido considerando-se a movimentação de 500 (quinhentas) toneladas, movimentadas em contêineres, em ambas as modalidades investigadas. Para análise, verificou-se a ecoeficiência das modalidades na distância de 140 km no sistema unimodal combinado Rota A ([100 km] por ferrovia) adicionando a Rota B ([40 km] por ferrovia), que obteve o montante de emissões em apenas 2,04 t de CO2. No sistema unimodal combinado Rota A ([100 km] por rodovia) adicionando a Rota B ([40 km] por rodovia) as emissões acumuladas totalizaram 183,6 t de CO2. Finalmente, na multimodalidade foi considerado o uso da ferrovia, para a maior parte do percurso (100 km) e o modal rodoviário em 40 km para a distribuição física para minimizar o nível de emissões que atingiu o montante de 53,4 t de CO2. Concluiu-se, que, no transporte multimodal, os modelos de Modal Shift podem ser mais eco-eficientes à medida que se minimize o consumo de energia e obtenha-se maior produtividade por modal, para uma matriz de transporte mais sustentável no transporte de cargas.

ASSUNTO(S)

multimodalidade modal shift transporte sustentabilidade ecoeficiência políticas públicas administracao

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