Violência e ausência de psicólogos nas escolas
AUTOR(ES)
Arreguy, Marília Etienne
FONTE
Physis
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
Procuramos refletir sobre a prioridade da práxis psicológica no espaço escolar regional, analisando suas nuances e identificando os impasses que dificultam o trabalho psicológico em escolas regulares. No intuito de responder à questão surgida no decurso de dez anos lecionando o tema, investigamos: qual seria a dimensão prática da disciplina "Psicologia da Educação"? Para tanto, foram também executadas as seguintes atividades em campo: observações diretas e entrevistas semiestruturadas com psicólogos, pedagogos e outros profissionais que atuam em escolas públicas e privadas das cidades de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Itaboraí. Em um ensaio teórico-descritivo, relatamos os principais problemas encontrados: a enorme carência de psicólogos atuando em escolas e alguns aspectos da violência nesse contexto. Constatação igualmente pregnante foi a de que o trabalho de psicólogos em escolas constitui um paradoxo: o pedido de atuação em favor da emergência da palavra versus as resistências por parte da própria instituição de ensino que, de modo subliminar, "encomenda" o silenciamento, a adaptação e a correção de condutas indesejáveis, solapando a singularidade.
ASSUNTO(S)
psicanálise e educação violência nas escolas violência simbólica micropolíticas políticas educacionais
Documentos Relacionados
- Violência nas escolas: testando teorias de controle social
- Atuação de Psicólogos em Alegações de Violência Sexual: Boas Práticas nas Entrevistas de Crianças e Adolescentes
- Violência contra professores nas escolas brasileiras: determinantes e consequências
- Concepções de professores sobre questões relacionadas à violência nas escolas
- Teacher education and school violence