Vegetação ciliar afetada pela erosão na margem do baixo São Francisco, Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-04

RESUMO

Mudanças no regime hidrológico no baixo curso do rio São Francisco, localizado na Região Nordeste do Brasil, trouxeram impactos negativos, como a ameaça à fauna e à flora em um dos 25 "hotspots" do mundo para a conservação da biodiversidade, em razão da construção de usinas hidroelétricas e retiradas de água para irrigação em perímetros de irrigação públicos e privados. Foram estudados remanescentes da vegetação ciliar associados com a desestabilização dos barrancos do rio, em seis fragmentos de mata, por meio de levantamento florístico e histórico de degradação dos ecossistemas. Foi também realizado o cálculo do Fator de Segurança (FS), objetivando compreender a estabilidade dos taludes, relacionando com textura do solo e cobertura vegetal. Foi identificado um número total de 51 famílias botânicas, distribuídas em 71 gêneros e 79 espécies, predominantemente das famílias Mimosaceae, Myrtaceae e Fabaceae. A fragmentada vegetação ciliar, predominantemente dominada por espécies secundárias, sofreu forte pressão antropogênica pelos desmatamentos, mineração e irrigação, sob um avançado processo erosivo nas suas margens. Se faz necessária a revegetação com espécies que suportam a ação das ondas contra os barrancos, visando reduzir os constantes desmoronamentos de grandes blocos de terra que caem no canal do rio, responsáveis pelo assoreamento e pela perda de terras produtivas. Foi identificada a falta de uma atitude de preservação por parte dos ribeirinhos, constituindo-se em constante ameaça para a biodiversidade dos ecossistemas ripários.

ASSUNTO(S)

levantamento florístico vegetação ciliar desestabilização de taludes rio são francisco

Documentos Relacionados