Decomposição do folhedo em reflorestamento ciliar na bacia hidrográfica do rio São Francisco, Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

CERNE

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-09

RESUMO

Neste trabalho, objetivou-se analisar a dinâmica da decomposição do folhedo em um reflorestamento ciliar no alto São Francisco, MG, de forma comparada a uma floresta ciliar nativa, para testar a hipótese de que a decomposição é dependente da estrutura e da composição florística da vegetação. A taxa de decomposição foi medida pela perda mensal de massa foliar armazenada em 12 "litterbags" de 20 x 20 cm, contendo 5 gramas de folhedo recém-caído e seco, distribuídos aleatoriamente nos dois trechos de vegetação e retirados mensalmente. A cinética da perda de massa foi mais rápida na mata nativa, com um T50% em 5 meses após o início do experimento (02/2002), em detrimento do reflorestamento, cuja perda foi de somente 30% do valor inicial no período. Tal fato parece refletir a estrutura e composição em espécies dos trechos de vegetação e o clima local, uma vez que a mata nativa, cujo dossel é mais fechado, apresentou menor luminosidade, resultando em maior umidade e temperatura constantemente amena em seu interior, o que pode ter favorecido a proliferação de microorganismos decompositores, além da composição florística discrepante, uma vez que o reflorestamento apresentou menor diversidade de espécies, com o predomínio de Bauhinia variegata L., frente à maior diversidade da mata nativa. Além disso, o fragmento de mata ciliar nativo apresentou teores de matéria orgânica no folhedo maiores que no trecho reflorestado, o que pode ter contribuído para uma decomposição mais rápida.

ASSUNTO(S)

decomposição de serapilheira mata ciliar reflorestamento bacia do rio são francisco recuperação de áreas degradadas

Documentos Relacionados