Variações termicas ocorridas na camara pulpar em função de tecnicas de inserção e tipos de fotoativação de composito

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O estudo avaliou o efeito dos tipos de incremento, de fotoativação e as fases restauradoras nas variações térmicas ocorridas na câmara pulpar, durante a fotoativação do compósito Filtek Z250. Foram utilizados 90 incisivos bovinos, nos quais foram feitos preparos cavitários (3x3x2,5mm) padronizados. Os dentes foram separados aleatoriamente em 3 grupos, de acordo com o tipo de fotoativação por luz halógena: 1- contínua (700 mW/cm2 por 20 s); 2- dupla intensidade (inicial de 100 mW/cm2 por 5 s, seguido de 700mW/cm2 por 15 s); 3- intermitente (2 s de ativação com 700mW/cm2, seguido do mesmo tempo pela ausência de luz, total de 40 s). Os grupos foram separados em 3 subgrupos segundo o tipo de incremento: 1- único; 2) oblíquos (três incrementos, um colocado nas paredes cervical e axial, outro nas paredes incisal e axial e o último unindo os dois); 3) horizontal/verticais (o horizontal foi colocado na parede axial, um vertical na parede cervical e o outro na parede incisal), totalizando 9 grupos (n=10). As cavidades foram condicionadas com ácido fosfórico por 20 s, o sistema de união Single Bond e o compósito Filtek Z250 aplicados segundo os protocolos de fotoativação e incremento. As restaurações foram realizadas em ambiente controlado (37ºC e 50±10% UR) e as temperaturas registradas com termômetro digital acoplado ao termopar tipo-K introduzido no canal radicular, de maneira que ficasse em contato com a dentina da câmara pulpar, correspondente à parede axial do preparo. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste de Tukey em níveis de 5% e 1%. A média de temperatura do incremento único (37,14ºC) foi significantemente menor que dos incrementos oblíquos (37,44ºC) e horizontal/verticais (37,43ºC). A luz contínua promoveu valor de temperatura (37,53ºC) estatisticamente superior aos demais tipos de luz, os quais não deferiram (37,27ºC e 37,21ºC). A fotoativação do adesivo foi estatisticamente maior (37,54ºC) que na aplicação do adesivo (36,82ºC) e na ativação do compósito (37,20ºC). Na interação tipo de incremento-tipo de fotoativação, na luz contínua o maior calor foi promovido pelo incremento horizontal/verticais, estatisticamente diferente dos demais. Na dupla intensidade, a maior temperatura foi no incremento oblíquo, diferente dos demais, enquanto na pulsátil não houve diferença. Para o incremento único não houve diferença quanto à fotoativação, enquanto no oblíquo a luz pulsátil promoveu valor significantemente menor. No incremento horizontal/verticais, a luz contínua foi estatisticamente superior. Na interação tipo de incremento-fase restauradora, o calor do incremento único foi estatisticamente superior na fotoativação do adesivo, seguido pela fotoativação do compósito e aplicação do adesivo. Para os incrementos oblíquo e horizontal/verticais, a fase aplicação do adesivo foi significantemente menor. Para as fases restauradoras não houve diferença estatística entre aplicação e fotoativação do adesivo, entretanto na fotoativação do compósito, o incremento único foi significantemente menor. Na interação tipo de fotoativação-fase restauradora, em todas as fotoativações não houve diferença estatística no calor das fotoativações dos adesivo e compósito, diferindo estatisticamente da fase aplicação do adesivo. Para as fotoativações do adesivo e do compósito, o calor produzido pela luz contínua foi significantemente maior, enquanto na aplicação do adesivo não houve diferença estatística. Houve influência das variáveis sobre o calor que atingiu a câmara pulpar

ASSUNTO(S)

dental materials materiais dentarios

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