Utilização do fluxo fracionado de reserva do miocárdio para identificar variáveis preditoras de pior prognóstico após intervenções coronárias percutâneas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Cardiol. Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Vários estudos foram realizados para definir preditores de eventos adversos pós-intervenção coronária percutânea (ICP). Pacientes cujo fluxo fracionado de reserva do miocárdio (FFR) pós-procedimento é < 0,90 apresentam índice de eventos cardíacos adversos maiores em 6 meses pelo menos 3 vezes maior do que aqueles cujo FFR é ≥ 0,90. Este estudo teve por objetivo identificar fatores clínicos, angiográficos e do procedimento associados a FFR pós-ICP < 0,90. MÉTODOS: Foram incluídos 193 pacientes (256 lesões) tratados entre 2004 e 2005, e o FFR foi medido antes e depois da ICP em todos os vasos tratados. Os pacientes foram divididos nos grupos FFR < 0,90 e FFR ≥ 0,90. Análise multivariada por regressão logística foi utilizada para determinar as razões de chances (odds ratio - OR) ajustadas. RESULTADOS: Foi possível obter o FFR em todas as lesões. Não se observou diferença nos parâmetros clínicos entre os dois grupos de pacientes. Houve diferença em alguns parâmetros angiográficos e do procedimento, porém, ao aplicarmos o modelo de regressão logística, a única variável que se associou com FFR pós-ICP < 0,90 foi o tratamento da artéria descendente anterior (OR = 12,1; IC 95% 6,4-22,9; P < 0,01). CONCLUSÕES: A única variável preditora de FFR pós-ICP < 0,90 foi o tratamento da artéria descendente anterior.

ASSUNTO(S)

intervenção coronária percutânea stents circulação coronária estenose coronária

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