Uso da membrana de celulose bacteriana associada a células mesenquimais e ácido hialurônico após lesão em cartilagem de patela de suínos / Use of bacterial cellulose membrane associated with mesenchymal cells and hyaluronic acid after injury in pig patella cartilage

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/11/2010

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a membrana de celulose bacteriana associada a células mesenquimais, que foram inoculadas juntamente com derivado do ácido hialurônico, hylano G-F 20, em patelas lesadas de suínos. Foram utilizados 12 suínos (24 joelhos) submetidos à raspagem das superfícies articulares das patelas até osso esponjoso; joelhos esquerdos sem tratamento, grupo controle (GC). Joelhos direitos, grupo tratado (GT), tiveram membranas de celulose bacteriana fixadas às superfícies de suas patelas, sendo que as mesmas foram preparadas com inoculação de células mesenquimais, ósseas e cartilaginosas, provenientes das raspagens das superfícies, lavadas em solução fisiológica 0,9%, filtradas e diluídas em 5 ml de solução fisiológica à 0,9% e posteriormente acrescentados 2 ml de hylano G-F 20. Colhidos 5 ml dessa papa que teve contido o volume de 16,35 x \ 10 POT.8\ células na sua totalidade, e foram infiltrados na membrana de celulose revestindo a patela, obedecendo a distribuição de 3,27 x \ 10 POT.8\ por 1,2 \ CM POT.3\ . Após 2, 4 e 6 meses os animais foram sacrificados para avaliações macroscópicas e histológicas. As superfícies patelares apresentaram aspecto de neoformação de cartilagem aos dois meses; essas membranas evoluíram para tecido fibroso de altíssima resistência, com densidade de fibras conjuntivas aumentando proporcionalmente ao tempo de cirurgia, quatro ou seis meses conforme as células do infiltrado tiveram alterações morfológicas para fibroblastos Ao mesmo tempo, parte do volume dessas células sofreu processo de degeneração e morte celular, semelhante ao mecanismo de apoptose celular. Dessa forma, ofereceu substratos para as células remanescentes, colaborando para a neoformação desse tecido conjuntivo. Não ocorreram processos inflamatórios ou agressão às cartilagens em contigüidade à membrana. Pelo contrário, em relação ao grupo controle não tratado, a membrana de celulose bacteriana utilizada segundo a metodologia aplicada, atuou com uma barreira protetora para agressões maiores à cartilagem da fossa intercondilar do fêmur que manteve a integridade de seus contornos articulares. Desta forma, segundo a metodologia utilizada, concluímos que a membrana de celulose bacteriana apresentou biocompatibilidade para uso articular, hábil para agregar condrócitos e fibroblastos.

ASSUNTO(S)

articular cartilage biocompatibilidade biocompatibilty cartilagem articular cellulose joelho knee membrana de celulose patela pig s patella suínos

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