Use of Wet Blue Leather Rejects in the Feeding of Ruminants: Nutricional and Pathological Potential. / UtilizaÃÃo de resÃduos de couro na alimentaÃÃo de ruminantes:Potencialidades nutricionais e patolÃgicas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O Brasil à um grande produtor de couro, sendo o mÃtodo mais utilizado o curtimento ao cromo que gera uma enorme quantidade de resÃduos contaminados, os quais constituem um grave problema ambiental. TÃm sido desenvolvidas tecnologias para a retirada do cromo desses resÃduos, entretanto, hà necessidade de se ter destinaÃÃo adequada para o material com baixo teor de cromo. O colÃgeno derivado de couro e pele à permitido pela legislaÃÃo brasileira para a alimentaÃÃo de ruminantes. O objetivo desse trabalho foi apontar uma alternativa para a minimizaÃÃo da contaminaÃÃo ambiental por resÃduos de couro, por meio de sua utilizaÃÃo na alimentaÃÃo de ruminantes. Para isto os resÃduos de couro in natura (WB) e os resÃduos que tiveram o cromo extraÃdo (CE) foram comparados quanto ao seu potencial nutricional e patolÃgico. Ambos os materiais apresentaram 99,7% de MS, mas o teor de PB foi mais alto (90,4%) no CE do que no WB (74,3%). A degradabilidade ruminal efetiva, in situ, da MS foi 63% e da PB foi 65% no CE, sendo que o WB nÃo sofreu degradaÃÃo ruminal, provavelmente refletindo a estabilidade da molÃcula, conferida pelo cromo. A digestibilidade em suco gÃstrico simulado, in vitro, do CE foi 98% demonstrando que, se protegido da degradaÃÃo ruminal, esse material pode ser utilizado como fonte de proteÃna animal visando induzir mudanÃa no perfil de aminoÃcidos da dieta de ruminantes. Essa alta digestibilidade em suco gÃstrico tambÃm indica que o CE tem potencial para ser utilizado na alimentaÃÃo de animais nÃo ruminantes. Nenhum dos materiais apresentou a presenÃa de esporos e da toxina do Clostridium botulinum. Outro experimento foi realizado alimentando-se ratos Wistar, por 60 dias, com dieta convencional na qual foi incluÃdo 0%, 25%, 37,5% e 50% dos materiais WB e CE. O processamento industrial foi capaz de retirar 70 a 80% do cromo do resÃduo, resultando em um produto ainda com alto teor de cromo o qual teve efeito negativo no ganho de peso dos animais e desencadeou lesÃes macro e microscÃpicas nos rins especialmente no material CE, sugerindo que o processamento aumenta a atividade biolÃgica do cromo tornando-o altamente nefrotÃxico. A gravidade desses efeitos foi diretamente proporcional ao nÃvel de inclusÃo e as principais alteraÃÃes foram degeneraÃÃo e necrose dos tÃbulos contorcidos proximais associadas a Ãreas de fibrose intersticial e à presenÃa de cristais na luz dos tÃbulos. NÃo foram detectadas anormalidades no fÃgado de qualquer animal do experimento. O material CE possui potencialidade para alimentaÃÃo animal, porÃm o processo de retirada do cromo dos resÃduos de couro, em escala industrial, deve ser aprimorado e a utilizaÃÃo desse subproduto na alimentaÃÃo animal sà pode ser considerada quando as concentraÃÃes de cromo no resÃduo atingirem os nÃveis preconizados na literatura.

ASSUNTO(S)

valor nutritivo de alimentos

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