Use of photomorphogenenic mutants in the study of the competence for in vitro regeneration in micro-tomato (lycopersicon esculentum cv micro-tom). / Uso de mutantes fotomorfogenéticos no estudo da competência para regeneração in vitro em micro-tomateiro (Lycopersicon esculentum CV Micro-Tom.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Paralelamente ao modelo Arabidopsis thaliana, o tomateiro (Lycopersicon esculentum) tem sido crescentemente utilizados em abordagens genéticas de questões fisiológicas. Uma das principais vantagens de Arabidopsis como “planta de laboratório” tem sido seu pequeno porte e ciclo de vida curto. Contudo, a cultivar Micro-Tom (MT) de tomateiro possui tamanho muito reduzido (8 cm) e pode produzir até 5 gerações por ano. Mutantes fotomorfogenéticos em tomateiro deficientes na síntese do cromóforo do fitocromo (au), mutantes deficientes na síntese das apoproteínas PHYA e PHYB1 (fri e tri, respectivamente) e mutantes superexpressando o fitocromo (hp, atv e Ip) constituem-se em um modelo para estudos da fotomorfogênese. No que se refere à capacidade de regeneração in vitro como uma resposta fotomorfogenética, poucos trabalhos têm sido realizados. O presente trabalho teve como objetivo transferir as mutações au, fri, tri, hp, Ip e atv, bem como o locus de regeneração (Rg1) da cultivar MsK, para a cultivar Micro-Tom. As linhagens obtidas foram utilizadas para verificar o efeito da fotomorfogênese na competência para regeneração in vitro. Para tanto, foram realizados tratamentos com luz branca, vermelho (V) e vermelho-extremo (VE) em explantes radiculares, caulinares e foliares do genótipo micro-MsK em meio MS mais 5mM de BAP e tratamentos com luz branca em explantes radiculares, caulinares e foliares de micro-mutantes fotomorfogenéticos também em meio MS mais 5mM de BAP. Para todos os tratamentos utilizou-se a cultivar MT como controle. Sob V, as raízes de micro-MsK apresentaram-se diferenciadas, enquanto sob VE não ocorreu diferenciação. O maior número de gemas formadas tanto para caule quanto para folhas de micro-MsK ocorreu sob V, enquanto sob VE foi observado um decréscimo na formação de gemas. A partir destes resultados sugere-se que a forma ativa do fitocromo, induzida pelo V, interage com o Rg1 na aquisição de competência para regeneração. Nos tratamentos com luz branca, raízes de micro-MsK e de mutantes micro-hp, micro-atv e micro-Ip apresentaram-se diferenciadas, enquanto não houve diferenciação para o mutante micro-au ou para o controle MT. O número de gemas formadas alcançou maiores valores para folhas de micro-hp e micro-Ip e a para caules de micro-atv. Apenas um número muito reduzido de gemas foi formado a partir de folhas de micro-au. Com base na alta competência para regeneração de micro-MsK e de mutantes que superexpressam o fitocromo, sugere-se que o fitocromo promove, em uma via de sinalização, a indução de fatores de regeneração (Rg1). Alternativamente, o locus Rg1 poderia promover a alta capacidade regenerativa tornando os explantes mais competentes ao efeito da superexpressão do fitocromo, o qual poderia induzir outros fatores de regeneração.

ASSUNTO(S)

linhagem vegetal tissue culture cultura de tecido plant genotypes tomate. genetic mutation plant morphogenesis in vitro regeneration mutação genética fotoperiodismo regeneração in vitro morfogênese vegetal tomato. photoperiodism

Documentos Relacionados