Uma visão da comercialização de energia eletrica, pelas industrias de açucar e alcool, diante da reestruturação do setor eletrico nacional
AUTOR(ES)
Edna Lopes Ramalho
DATA DE PUBLICAÇÃO
1999
RESUMO
A elevação nas tarifas de energia elétrica, e a necessidade de competição de preços e qualidade do produto com o mercado internacional, incentivam os setores industriais, que utilizam vapor nos seus processos, a buscarem uma melhor eficiência no uso do combustível, com a tecnologia de cogeração. Isso pode redundar numa ampliação da energia elétrica gerada e, consequentemente, na possibilidade de redução do custo final do produto. Pode, ainda, disponibilizarde forma efetiva, um certo potencial de energia elétrica, que poderá ser comercializado em função da safta nas agroindústrias, através da figura do autoprodutor, ou de forma constante, o que caracteriza a produção independente de energia, visando a ampliação da receita. Para a consolidação desse objetivo, é preciso associar-se ao comprador de energia. As regulamentações para a comercialização de energia elétrica excedente de autoprodutores, ocorreram num momento em que os serviços de eletricidade eram definidos como monopólio natural, não existindo competitividade entre os agentes integrantes deste sistema. O setor industrial que mais se destacou na comercialização de excedentes de energia, com concessionárias de serviços de eletricidade, foi o sucro-alcooleiro, o qual, através da cogeração, utilizando o bagaço como combustível, vem conseguindo sua auto-suficiência em energia elétrica durante a safra. No entanto, quando se avalia a evolução na comercialização de excedentes de energia elétrica, por este segmento industrial, constata-se que as quantidades de potência (MW) e energia (MWh) comercializadas, estão aquém do potencial do setor. Apresentam-se neste trabalho, os principais aspectos que limitaram esta comercialização de energia, obtidos através de entrevistas realizadas junto a algumas unidades industriais, localizadas na área de concessão da Companhia Paulista de Força e Luz, bem como através da bibliografia sobre o tema. Discutem-se as possibilidades de incremento da cogeração, e a inserção desses novos agentes dentro do novo modelo institucional do setor elétrico, que deverá se caracterizar pela competitividade nos segmentos de geração e comercialização de energia elétrica
ASSUNTO(S)
industria açucareira energia eletrica e calor - cogeração biomassa energia - industria - regulamentação
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000195531Documentos Relacionados
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