Uma investigação sobre a inevitabilidade da crença em objetos externos segundo David Hume

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta dissertação pretende mostrar que a tese de Hume de que nós estamos inevitavelmente determinados a crer na existência de objetos externos tem a circunscrição de seu significado condicionada à identificação e à resolução de uma inconsistência presente na teoria humeana da crença inevitável em objetos externos. Essa inconsistência se expressa pela incompatibilidade entre a tese de que (P1) nós inevitavelmente cremos em objetos externos e a tese de que (P2) não podemos conceber objetos externos. Essas teses são incompatíveis se se considera que, para Hume, (P4) não podemos crer em algo que não podemos conceber. Esse problema só emerge se se supõe um uso unívoco da expressão "objeto externo" por parte de Hume em (P1) e (P2), e se se supõe que (P4) é o caso para Hume, o que se mostra ser um ponto de partida razoável. Os resultados indicam que as duas interpretações gerais do significado da tese de que nós inevitavelmente cremos em objetos externos, o naturalismo cético e o realismo cético, chegam a conclusões insatisfatórias porque ignoram esse problema. Por fim, conclui que não há, de fato, uma inconsistência na teoria humeana da crença em objetos externos porque não é o caso que não possamos ter uma concepção de objetos externos para Hume. Essa concepção se origina de um sentimento ou instinto original da mente.

ASSUNTO(S)

belief hume, david, 1711-1776 critica e interpretacao filosofia inglesa tratado da natureza humana (livro) original belief filosofia anglo-saxônica unavoidable belief crença instinct instinto impression objeto (filosofia) external object mente nature epistemologia entendimento representação mental

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