Uma análise lingüística de algumas peças publicitárias: os efeitos de ambigüidade e de humor

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

São incontáveis os estudos sobre o humor e sobre aquilo que faz as pessoas rirem; no entanto, enquanto a maioria deles versa sobre questões gerais, muito poucas referem-se aos aspectos lingüísticos envolvidos no humor. A melhor maneira de estabelecer a diferença entre um tratamento lingüístico do humor e outra abordagem qualquer dos mesmos textos talvez seja utilizar os termos segundo os quais a lingüística explica o como e não o porquê do humor. Ou, não se tentará aqui explicar o que os textos de humor, em especial os ambíguos, significam, mas como podem funcionar. Pretende-se aqui, pois, descrever as chaves lingüísticas que são o meio que pode desencadear nosso riso. A Lingüística Textual, por Ducrot, trabalha, com objeto particular de investigação, não mais a palavra ou a frase, mas sim o texto. Ela pode servir para análise de diversos tipos de manifestação da linguagem, e, eventualmente, algumas áreas dessa ciência podem fornecer instrumentos melhores para clarear determinados aspectos da linguagem do humor. Então, este trabalho tem por objetivo analisar especificamente a ambigüidade na produção do humor em textos de propaganda, já que são dados de tipo crucial, com algumas vantagens: encontram-se em grande quantidade e provavelmente em todas as culturas, são dados efetivamente enunciados pelos falantes, não necessitam ser criados ad hoc para experimentos-limite e a maior parte desses textos podem ser divertidos. Para tanto, terá como bases teóricas textos de Abaurre, Bakhtin, Bateson, Becker, Bergson, Bigal, Brait, Carvalho, Carrascoza, Chiaro, Chomsky, Dascal, Dias da Silva, Fernandes, Freud, Huizinga, Jameson, Mennucci, Perelman, Piatelli-Palmarini, Raskin, Salmon, SantAna e Ullmann.

ASSUNTO(S)

ambiguity linguistica humor linguistic ambigüidade lingüística humor advertising propaganda

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