Um laboratório imperial: investigação e tratamento da treponematose no Haiti ocupado, 1915-1934
AUTOR(ES)
Stewart, Antony Dalziel McNeil
FONTE
Hist. cienc. saude-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Este artigo investiga o trabalho anti-treponêmico como parte da política norte-americana de saúde pública na ocupação do Haiti, evento inédito na história da saúde internacional. Era alta a incidência da bouba no Haiti, mas médicos da ocupação a ignoravam por ser parecida com a sífilis e pelos estigmas da doença sexualmente transmitida. A situação mudou quando C.S. Butler afirmou que a bouba era “inocente” e que as duas doenças deveriam ser consideradas uma. Surgiram mais tratamentos com uma campanha anti-treponêmica que trazia benefícios aos objetivos paternalistas e estratégicos da ocupação, apesar do seu fracasso final. Esse trabalho ilustra o Haiti como “laboratório” de saúde pública, o que afetou a medicina haitiana por anos e influenciou campanhas futuras para erradicar a doença.
ASSUNTO(S)
haiti estados unidos bouba sífilis medicina
Documentos Relacionados
- Um sonho imperial: Constantino e a invenção do cristianismo
- Medicina no Brasil imperial: clima, parasitas e patologia tropical
- Couro imperial: raça, travestismo e o culto da domesticidade
- A medicina no Brasil Imperial: clima, parasitos e patologia tropical
- O ESTADO IMPERIAL: UM SENHOR DE ESCRAVOS “POUCO DEFINIDO”