Triagem visual de bebês prematuros: verificação da aplicabilidade do "Método de Avaliação da Conduta Visual de Lactentes".

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Existem fatores de risco intrinsecamente ligados à questão da deficiência visual em bebês, como por exemplo, a prematuridade. Estudos demonstraram a incidência de deficiência visual em bebês prematuros e de muito baixo peso ao nascer, acrescentando a importância do exame oftalmológico, principalmente no bebê de risco. A OMS preconiza a introdução de procedimentos de triagem visual para crianças de todas as faixas etárias, introduzindo outros profissionais nas práticas de saúde ocular. Existe uma necessidade de informações por parte das equipes de saúde, pediatras, enfermeiros e outros acerca dos exames oftalmológicos para diagnóstico precoce e dos sinais evidenciadores das doenças causadoras de deficiência visual, o que reforça a necessidade de instrumento de triagem rotineiro que permita avaliação visual precoce para todos os bebês, principalmente os de risco. Considerando esta realidade o presente estudo teve como objetivo verificar a aplicabilidade do Método de Avaliação da Conduta Visual de Lactentes em 32 bebês prematuros, de 1 a 3 meses (de idade corrigida), durante as rotinas de atendimento ambulatorial pediátrico em um Hospital Escola de Uberaba MG. Esse método contempla um roteiro de avaliação da conduta visual de lactentes com nove itens de comportamento visuomotor e de coordenação motora apendicular correspondentes às aquisições do bebê de 1 a 3 meses de idade, com as categorias de respostas positivas (S), negativas (N), parciais (P) e omitidas (O). Foram realizadas no mínimo 1, e no máximo 2 avaliações com cada bebê. A análise dos dados foi realizada utilizando-se dados de freqüência expressa em porcentagem, comparação pareada e não pareada, nível de significância e regressão logística. Foram encontrados valores significativos no número de respostas O, no 1 mês (31,4%) e na Prova 7 (94,0%). Ainda foi observado o número de respostas aos comportamentos não previstos para a faixa etária, ou seja realizadas a mais, sendo que predominaram-se as ocorrências no 2 mês (26%) e na Prova 8 (89%). Através da regressão logística, não foi observada correlação entre as respostas encontradas e as variáveis peso ou idade gestacional. Discute-se a aplicabilidade do referido método em situação ambulatorial apontando-o como um instrumento importante para situação de triagem de bebês de risco e a pertinência de determinados itens, do roteiro de avaliação em função da idade corrigida dos bebês. Sugere-se a continuidade de pesquisas para a validação do instrumento com a população de bebês de risco.

ASSUNTO(S)

educação especial bebês - prematuros triagem visual educacao especial detecção precoce

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