Tree growth, nutritional status, water use efficiency and nutrients use efficiency in Eucalyptus grandis plantation fertilized with potassium and sodium in Brazil / Nutrição, crescimento, eficiência de uso de água e de nutrientes em povoamentos de Eucalyptus grandis fertilizados com potássio e sódio

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Para avaliar os efeitos da fertilização potássica e sódica sobre a resposta do Eucalyptus grandis em crescimento, estado nutricional, eficiência de uso de água e de nutrientes foi instalado na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (SP) em LVA distrófico (200 g kg-1 de argila) um experimento em blocos ao acaso contendo sete tratamentos: Testemunha, K1,5, K3,0, K4,5, KS3,0, Na3,0 e K1,5+Na1,5 (os valores correspondem à quantidade de K ou Na fornecidos em kmol ha-1, sob as formas de KCl, K2SO4 e NaCl). O nível crítico de K foliar variou de 6,6 a 5,0 g kg-1 e as amostragens realizadas no final da estação de chuvas (maio) sempre proporcionaram melhor avaliação do estado nutricional. A fertilização potássica elevou a resistência e/ou tolerância à ferrugem (Puccini pisidii Winter.). A concentração de Na na idade de 6 meses foliar atingiu 3,4 e 2,3 g kg-1 nos tratamentos Na3,0 e K1,5+Na1,5, mas o crescimento das árvores as concentrações reduziram para valores <1,0 g kg-1, 36 meses pós-plantio. O Eucalyptus grandis foi capaz de absorver o Na e o transportar até as folhas, mantendo a relação K/Na >1 (elevada), uma característica relacionada às plantas tolerantes ao Na e à salinidade. A resposta do Eucalyptus grandis à fertilização potássica e sódica foi expressiva, enquanto a Testemunha alcançou 8,6 cm de DAP, 13,4 m de altura e 68 m3 ha-1 de madeira, 36 meses pós-plantio, sob a maior dose de potássio (K4,5), o DAP foi de 11,6 cm, a altura de 17,5 m que resultaram em 141 m3 ha-1 de madeira. A fertilização sódica, por sua vez, proporcionou árvores 13% (10,0 cm) mais grossas, 18% (15,7 m) mais altas, e produtividade de madeira 52% (103 m3 ha-1) maior que a Testemunha aos 36 meses pós-plantio. A combinação de K1.5+Na1.5, comparada ao fornecimento de K1,5, aumentou em 12% o volume de madeira. A produção de biomassa do tronco aos 36 meses pós-plantio nos tratamentos K3,0, Na3,0 e Testemunha foi de 55,1, 41,5 e 26,1 Mg ha-1, respectivamente. Os aumentos de produtividade estiveram diretamente relacionado com índices de área foliar (IAF) maiores aos 36 meses pós-plantio: K3,0 (5,4 m2 m-2), Na3,0 (3,2 m2 m-2) e Testemunha (2,7 m2 m-2). O conteúdo de K na parte aérea aos 36 meses pós-plantio foi de 82, 38 e 31 kg ha-1, respectivamente nos tratamentos K3,0, Na3,0 e Testemunha, e os tratamentos Na3,0 e Testemunha não diferiram significativamente. O conteúdo de Na no tratamento Na3,0 (51 kg ha-1) foi maior que nos tratamentos K3,0 e Testemunha (17 e 28kg ha-1). Desses totais, o lenho acumulou cerca de 40% do conteúdo de K e mais de 75% do conteúdo Na. O retorno de K ao 10 solo como folhedo no tratamento K3,0 foi de 14,9, 22,2 e 13,1 kg ha-1 ano-1, consecutivamente nos três anos de avaliação. Nos tratamentos Testemunha e Na3,0, as quantidades de K não ultrapassaram 8,8, 14,3 e 11,9 kg ha-1 ano-1. A ciclagem bioquímica do K foi bastante intensa (>80%) ao contrário do Na em que a retranslocação é menor (27%). A EUK estimada sob fertilização sódica (1356 kg MS kg-1) foi superior às dos tratamentos K3,0 (829 kg MS kg-1) e Testemunha (1042 kg MS kg-1) Os índices de recuperação de K e Na atingiram, respectivamente 44 e 52%, aos 36 meses pós-plantio. Sob fertilização potássica e sódica, a transpiração foi em média 20% maior que na Testemunha (P<0,06) foram respectivamente, 505, 519 e 397 mm. Nestas condições, estima-se que a transpiração diária do Eucalyptus grandis tenha variado de 2,6 a 3,6 mm dia-1. A importância do K para o controle do processo da transpiração pode ser comprovada através do índice de transpiração por unidade de área foliar que foi menor no tratamento K3,0 (0,62 mm dia-1 m-2) que na Testemunha (0,96 mm dia-1 m-2) e em Na3,0 (1,05 mm dia-1 m-2), função que aparentemente o Na não exerceu. Embora a fertilização tenha aumentado o consumo de água, essa prática estimulou o desenvolvimento do Eucalyptus grandis fazendo com que aumentasse a eficiência de uso de água (EUA) e diminuísse a exigência de água (EA). Em termos de biomassa, as estimativas da EUAB, em ordem crescente, foram de 0,0021, 0,0033 e 0,0041 kg L-1, o equivalente à exigência de 500, 304 e 248 L de água por kg-1 de tronco, respectivamente pela Testemunha, K3,3 e Na3,0. Ao considerar a produtividade em volume de madeira, os índice de EUAV estimados para os tratamentos K3,0 (0,0068 dm3 L-1) e Na3,0 (0,0057 dm3 L-1) foram maiores que o da Testemunha (0,0034, dm3 L-1), permitindo reduzir a exigência de água em mais de 100 L dm-3. Nesse contexto, a fertilização potássica é uma prática de manejo essencial que pode elevar a produtividade e aumentar a eficiência no uso de água em plantações de Eucalyptus grandis. A fertilização sódica, além de contribuir para o aumento da produtividade pode ser uma estratégia para elevar a eficiência de uso de potássio.

ASSUNTO(S)

eucalypt fertilizantes potássicos biomass fertilizer biomassa biogeoquímica adubação biogeochemical cycling. nutrição vegetal forest nutrition eucalipto litter sódio.

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