Tratamento das cardiopatias congênitas em Sergipe: proposta de racionalização dos recursos para melhorar a assistência

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o tratamento das cardiopatias congênitas realizadas de 2000 a 2009. MÉTODOS: A amostra constituiu-se de todos os pacientes submetidos a correção cirúrgica para cardiopatias congênitas por dez anos em Sergipe, Brasil. Os pacientes foram operados em três hospitais localizados na cidade de Aracaju (SE, Brasil), capital do estado de Sergipe. O estudo foi dividido em dois períodos, definidos pela data do início da centralização das cirurgias. As variáveis coletadas foram: faixa etária, gênero, diagnóstico pós-operatório, destino, tipo de cirurgia e hospital em que foi realizado o procedimento e a classificação RACHS -1. RESULTADOS: No período I, a estimativa do déficit de cirurgia foi de 69%, ocorrendo decréscimo no período II para 55,3%. O diagnóstico pós-operatório mais frequente foi de fechamento de comunicação interventricular (20,5%), fechamento de canal arterial (20,2%) e da comunicação interatrial (19%). Houve correlação estatisticamente significativa entre mortalidade esperada pelo RACHS-1 e a observada na amostra. A avaliação do RACHS-1 como fator preditor da mortalidade hospitalar por meio da curva ROC demonstrou área de 0,860 IC 95% 0,818 a 0,902, com P < 0,0001. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo indicam que a centralização e a organização dos recursos existentes são necessárias para melhora no desempenho das correções cirúrgicas das cardiopatias congênitas.

ASSUNTO(S)

cardiopatias congênitas procedimentos cirúrgicos cardiovasculares política de saúde

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