Tratamento da luxação paralítica do quadril na paralisia cerebral tetraparética espástica com osteotomia do fêmur e do ilíaco sem abertura da cápsula articular (capsuloplastia)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Mostrar o planejamento pré-operatório, e os resultados do tratamento cirúrgico da luxação paralítica do quadril em pacientes com paralisia cerebral. A técnica utilizada foi a osteotomia derrotatória e varizante do fêmur proximal, associada à osteotomia do ilíaco tipo Dega, sem abertura da cápsula articular. MÉTODOS: Realizamos um estudo retrospectivo de 10 quadris em oito pacientes com paralisia cerebral tipo tetraparesia espástico, submetidos a tratamento cirúrgico entre 2003 e 2005 com a mesma técnica cirúrgica. Foram avaliados parâmetros clínicos e radiográficos pré e pós-operatórios, bem como o planejamento pré-operatório com uso do intensificador de imagem. Os parâmetros clínicos analisados foram: dor, dificuldade de higiene e dificuldade de posicionamento. Os parâmetros radiológicos foram os índices de Reimers, índice acetabular e ângulo cervicodiafisário. Estes resultados foram submetidos a análise estatística. RESULTADOS: Obtivemos bons resultados com esta técnica. Com um seguimento médio de três anos, todos os quadris estavam reduzidos na última consulta, com alto grau de satisfação dos familiares, em relação ao tratamento. Além disso, mostramos que o planejamento pré-operatório com uso do intensificador de imagem nos permite a redução e estabilização desses quadris sem a necessidade de capsuloplastia. CONCLUSÃO: Os autores concluíram que no tratamento da luxação do quadril dos pacientes com paralisia cerebral tetraparéticos espásticos com o planejamento pré-operatório, não é necessária a capsuloplastia para estabilização da articulação coxofemoral.

ASSUNTO(S)

paralisia cerebral luxação do quadril osteotomia fêmur

Documentos Relacionados