Transplante de célula-tronco hematopoética na leucemia mielóide crônica: conceitos atuais e experiência brasileira
AUTOR(ES)
Souza, Cármino A. de
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
O transplante alogênico de célula-tronco hematopoética permanece como a única terapêutica com potencial terapêutico para a LMC in todas as fases da doença. Entretanto, os resultados com a utilização do mesilato de imatinibe são suficientemente impressionantes para deslocar a utilização do transplante para segunda ou mesmo terceira linha de tratamento dependendo da disponibilidade dos novos inibidores de tirosino quinases. A decisão para a indicação do transplante depende da fase clínica e dos achados biológicos. As recomendações da Leukemia Net e as diretrizes da NCCN nos auxiliam a escolher o melhor momento para a elaboração do transplante. Em 1998, Gratwohl e colaboradores publicaram um escore no sentido de estabelecer o risco do transplante antes de sua realização. Em 2005, um grupo brasileiro estudando mais de 1.000 pacientes em uma população independente validou o escore de risco proposto pelo grupo europeu. Neste manuscrito o autor discutirá a posição do transplante em países com limitações de recursos como o Brasil. Em 2006, a mesma escola européia publicou um estudo de monitoramento do transplante e discutiu as mudanças desta modalidade de tratamento nos últimos 15 anos e apresentou as diferenças no comportamento médico na Europa do oeste (mais rica) versus do leste (mais pobre) na indicação e utilização do transplante. A despeito dos riscos, o transplante permanece como uma terapêutica curativa válida. Atrasar a indicação ou realizar o procedimento em fases avançadas, como a fase acelerada ou blástica, aumenta o risco de mortalidade relacionada ao procedimento e reduz a probabilidade de cura.
ASSUNTO(S)
leucemia mielóide crônica (lmc) transplante alogênico de célula-tronco hematopoética (tacth) inibidores de tirosino quinases
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