Trajetórias da mobilização transnacional pelos direitos indígenas no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. adm. empres.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO Embora as pesquisas sobre episódios de ativismo transnacional tenham avançado substancialmente nos últimos anos, nosso conhecimento acerca de como as trajetórias de longo prazo do ativismo transfronteiriço afetam a formação de movimentos sociais nacionais, bem como de sua capacidade de influenciar mudanças institucionais domésticas, ainda é limitado. Este artigo aborda esta lacuna ao analisar a mobilização transnacional em torno dos direitos políticos e econômicos de grupos indígenas no Brasil. Mostramos que os caminhos iniciais da mobilização transnacional geraram um conjunto de resultados ideacionais, organizacionais e institucionais, os quais permitiram que atores anteriormente marginalizados moldassem as direções das mudanças institucionais dentro do país no período da transição democrática brasileira. Identificamos três trajetórias inicialmente não coordenadas de mobilização transnacional ocorrendo no final dos anos 1960 e 1970, e mostramos como elas convergiram, com o tempo, através de dois mecanismos sociais - o cruzamento de referências institucionais e a formação de redes sociais - para formar um movimento social intersetorial cada vez mais fortemente entrelaçado, o qual foi capaz de influenciar a formação de instituições durante o período da Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988). Encerramos o artigo com uma discussão sobre as ligações entre o ativismo transnacional e a formação de movimentos sociais nacionais.

ASSUNTO(S)

mobilização transnacional trajetórias de mobilização formação de movimentos direitos indígenas movimentos sociais

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