Toracoscopia em crianças com derrame parapneumônico complicado na fase fibrinopurulenta

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Introdução: Apesar de a toracoscopia ser o procedimento preconizado em crianças com derrame pleural parapneumônico complicado (DPPC) na fase fibrinopurulenta, a grande maioria dos trabalhos citados na literatura é de relato de casos ou revisão de pequeno número de pacientes. Este estudo interinstitucional foi realizado para determinar a eficácia deste procedimento em número significativo de crianças com DPPC na fase fibrinopurulenta. Métodos: Estudo retrospectivo de 99 crianças (0,4 a 11 anos; idade média 2,6 anos) submetidas à toracoscopia para tratamento de DPPC na fase fibrinopurulenta, operadas em três hospitais diferentes e com mesmo algoritmo de tratamento, no período de novembro de 1995 a julho de 2005. Resultados: A toracoscopia foi eficaz em 87 crianças (87%); 12 (13%) necessitaram de outro procedimento cirúrgico - 6 novas toracoscopias e 6 toracotomia/pleurostomia. O tempo médio de drenagem após a toracoscopia foi de 3 dias naqueles em que a toracoscopia foi efetiva e de 10 dias nos reintervidos (P < 0,001). Todos resolveram a infecção pleural. As complicações da toracoscopia foram enfisema subcutâneo na inserção do trocater em duas crianças (2%), infecção da ferida operatória em outras duas (2%), sangramento pelo dreno torácico em 12 (12%) e fístula bronco pleural em 16 (16%). Nenhuma necessitou intervenção cirúrgica, Conclusões: A efetividade da toracoscopia em crianças com DPPC na fase fibrinopurulenta foi de 87%. O procedimento mostrou-se seguro, com baixa incidência de complicações graves, devendo ser considerada como primeira opção em crianças com DPPC na fase fibrinopurulenta.

ASSUNTO(S)

toracoscopia thoracoscopy complicated parapneumonic pleural effusion empyema

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