The utility of white blood cell count, C-reactive protein, interleukin-6 and tumor necrosis factor-alpha for diagnosis of late neonatal sepsis / A utilidade do leucograma, proteina c-reativa, interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa no diagnostico da sepse neonatal tardia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O objetivo do estudo foi avaliar as propriedades diagnósticas de quatro exames laboratoriais na sepse neonatal tardia: leucograma, proteína C-reativa (PCR),interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral-alfa (TNF-?). Analisaram-se 82 recémnascidos com idade entre três e 30 dias, em um período de 20 meses. Nos quadros suspeitos de sepse foram colhidas três amostras de sangue: à suspeita, 24 e 48 horas depois. O leucograma foi avaliado no dia da suspeita clinica e foi considerado alterado quando o índice neutrofílico e o numero total de neutrófilos estivessem alterados. Os marcadores séricos foram dosados por quimioluminescência e o limite de corte obtido pela construção da curva ROC. De acordo com a evolução clínica, os recém-nascidos foram classificados em três grupos: sepse comprovada por cultura, sepse clínica (culturas negativas e quadro clínico muito sugestivo de infecção) e não infectados. Os grupos foram comparáveis quanto ao peso ao nascer, idade gestacional, sexo, idade cronológica e índice de Apgar. Nos grupos sépticos, choque ocorreu em 36,2% e óbito em 8,6% das crianças. O leucograma alterou-se em 64,3% naqueles com sepse comprovada, 68,8% naqueles com sepse clínica e 25,0% nos não infectados. A mediana da PCR mostrou-se mais elevada nos grupos sépticos em relação ao não infectado, em todos os momentos, com diferença estatisticamente significativa. A IL-6 alterou-se nos três momentos, com diferença estatisticamente significativa entre os grupos sépticos e o de crianças não infectadas. Nos grupos sépticos, a mediana da IL-6 mostrou-se mais elevada na primeira aferição, caindo a seguir. No grupo sem infecção,a mediana da IL-6 permaneceu inalterada. A mediana do TNF-? alterou-se nos três momentos no grupo com sepse comprovada, com diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo não infectado, mas não entre este e aquele com sepse clínica. O leucograma revelou a acurácia mais baixa dos quatro exames (68,2%). A PCR mostrou a acurácia mais elevada dos testes, especialmente na segunda medida (89,4%). A Il-6 mostrou-se mais útil na primeira aferição, com acurácia de 81,0% (próxima àquela da PCR na primeira medida ? 81,8%) e sua acurácia caiu a seguir (71,2% e 68,2%). O TNF-? manteve uma acurácia praticamente constante (77,2 ? 77,0 ? 74,1%). Quando os marcadores foram associados, a acurácia aumentou significativamente: leucograma e segunda medida da PCR - 97,5%, segunda medida da PCR e primeira IL-6 - 92,3% e segunda medida da PCR e segunda do TNF-? - 95,1%. Para a associação leucograma e segunda medida da PCR, a sensibilidade e o valor preditivo negativo atingiram 100%. Na ocorrência de choque não houve diferença nas medianas dos exames. Quanto ao óbito, houve diferença significativa na terceira medida dos três marcadores séricos e na primeira da IL-6. Em conclusão, observou-se que a PCR mostrou a melhor acurácia dos quatro testes, com desempenho superior ao da IL-6 e TNF-?, e o leucograma mostrou a pior performance. A associação dos exames aumenta consideravelmente a precisão diagnóstica na sepse neonatal tardia. A manutenção dos níveis séricos elevados dos três marcadores alerta para a possibilidade de evolução para óbito

ASSUNTO(S)

tumors necrosis factor shock (phisiology) citocinas choque (fisiologia) inflamação sepse - diagnostico sepsis diagnosis inflammation mediators tumores

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