Acurácia diagnóstica do leucograma, proteína C-reativa, interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa na sepse neonatal tardia
AUTOR(ES)
Caldas, Jamil P. S., Marba, Sérgio T. M., Blotta, Maria H. S. L., Calil, Roseli, Morais, Sirlei S., Oliveira, Rômulo T. D.
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar o valor do leucograma, proteína C-reativa (PCR), interleucina-6 (IL-6) e do fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), isoladamente e em conjunto, na detecção da sepse neonatal tardia. MÉTODOS: Estudo de validação diagnóstica. A PCR, IL-6 e TNF-α foram dosados por quimioluminescência à suspeita clínica, 24 e 48 horas depois, e o leucograma unicamente à suspeita. De acordo com evolução clínica e resultados de culturas, três grupos foram definidos: sepse comprovada (SC), sepse provável (SP) e não infectados (NI). Os testes estatísticos utilizados foram os de Wilcoxon, qui-quadrado e análise de variância de Friedman e os limites de corte foram obtidos pela construção da curva ROC. RESULTADOS: Estudaram-se 82 crianças, sendo 42 no grupo SC, 16 no SP e 24 NI. Nos três momentos, as medianas da PCR e da IL-6 mostraram-se significativamente mais elevadas nos grupos SC e SP, e as do TNF-α alteraram-se apenas no grupo SC. Os índices diagnósticos da PCR foram elevados nos três momentos e com acurácia superior a do leucograma e semelhante a da IL-6 e a do TNF-α em suas primeiras medidas. Entre as citocinas, não houve diferença estatística entre elas, nem em relação ao leucograma. A associação dos testes não aumentou a capacidade diagnóstica, exceto na combinação entre leucograma e PCR2 e na dosagem seriada de PCR. CONCLUSÕES: A PCR e o leucograma mostram-se úteis no diagnóstico de sepse neonatal tardia e comparáveis à IL-6 e ao TNF-α. A acurácia aumentou com a associação PCR-leucograma e a dosagem seriada da PCR.
ASSUNTO(S)
recém-nascido sepse proteína c-reativa interleucina-6 fator de necrose tumoral citocina mediadores da inflamação
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