The conceptual and functional status of proforms. Pronoun - the protype of proforms. / O estatuto conceitual e funcional das proformas. Pronome: protÃtipo das proformas.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

RESUMO Esta tese, predominantemente teÃrica, postula que os sistemas lingÃÃsticos naturais tendem a uma regularizaÃÃo demonstrÃvel por meio de formas, categorias, classes e funÃÃes prototÃpicas. As formas representativas de prototipicidade de propriedades categoriais ou de classes de palavra sÃo construÃdas por intermÃdio de eleiÃÃes dos usuÃrios de determinadas comunidades lingÃÃsticas. Essas opÃÃes assentam-se ou sedimentam-se com base na freqÃÃncia de uso. Quanto mais freqÃentemente uma forma à usada, maior a possibilidade de gramaticalizaÃÃo acentuada, com perda de massa fÃnica e morfologizaÃÃo, com repercussÃes atinentes ao seu estatuto categorial em relaÃÃo aos paradigmas da lÃngua. A codificaÃÃo gramatical de toda e qualquer propriedade categorial (nÃmero, pessoa, gÃnero, tempo, modo, voz, etc), assim como das classes de palavras Ã, em Ãltima anÃlise, construÃda com base no uso. A propositura fundamental desta tese à a reivindicaÃÃo de uma nova categoria, a proformalidade, com vistas a reconfigurar as classes, de tal sorte que a reordenaÃÃo contemple quatro macroclasses de palavras, a saber: nomes (substantivos, adjetivos, numerais); verbos; advÃrbios; e elementos relacionais (juntores preposicionais e conjuncionais). Essa categoria afeta igualmente as subclasses das referidas macroclasses e os morfemas intralexicais codificadores das aludidas propriedades categoriais, com a admissÃo de uma movimentaÃÃo interclasse e intraclasse decorrente da incidÃncia de processos de gramaticalizaÃÃo. O cabedal teÃrico à constituÃdo do confronto de modelos epistemolÃgicos, com a opÃÃo por um amÃlgama de teses aristotÃlicas e prototipistas; da exposiÃÃo da natureza dos processos de gramaticalizaÃÃo, com a admissÃo de que lÃxico e gramÃtica sÃo seÃÃes diferenciadas pelo estatuto de gramaticalidade; da admissÃo da hipÃtese evolucionÃria para explicar os movimentos de gramaticalizaÃÃo de codificaÃÃes de maior transparÃncia (ou concretude referencial) e funÃÃes exofÃricas para funÃÃes estritamente intralingÃÃsticas. Ao longo dessa exposiÃÃo teÃrica, que confronta teses tradicionais sem desconsiderar seu proveito relativo, anÃlises ilustrativas de amostras de uso concreto da lÃngua portuguesa (coligidas do www.corpusdoportugues.org e de outros sÃtios da internet) sÃo empreendidas com vistas a fundamentar minimamente a razÃo de ser da tese fundamental. Destarte, esta proposta de classificaÃÃo gradua as macroclasses de palavras em dois macrogrupos, denominados de pleriformas e proformas, os quais sÃo discrepados com base na manifestaÃÃo mais ou menos acentuada da categoria proformalidade. Essa categoria responde pela fusÃo de conceitos pragmÃticos, cognitivos e lingÃÃsticos para explicar a prototipicidade de formas de classes, subclasses e morfemas intralexicais como itens exemplares de seus respectivos paradigmas. Sua exemplaridade provÃm da conservaÃÃo de traÃos semÃnticos mÃnimos no interior de cada classe, subclasse ou paradigma mÃrfico intralexical, de tal modo que uma proforma pode desempenhar funÃÃo supletiva com freqÃÃncia majoritÃria, conquanto nÃo absoluta, ou representar prototipicamente todos os membros de sua classe, subclasse ou paradigma mÃrfico intralexical. A compreensÃo de que os processos de variaÃÃo e mudanÃa lingÃÃstica, em especial a gramaticalizaÃÃo, responde pela fluidez categorial nos levou a compor escalas de continua dentro das diversas macroclasses proformais, com vistas a exemplificar o trÃnsito interclasse e intraclasse com diferentes graus de gramaticalidade (observando-se para a avaliaÃÃo do estatuto de gramaticalidade, fatores de ordem mÃrfica, sintÃtica e semÃntica). Por outras palavras, a elaboraÃÃo das escalas tem por interesse ilustrar que o estatuto de gramaticalidade de pleri- e proformas disponÃveis para codificaÃÃo lingÃÃstica de toda ordem pode variar entre as classes, entre as subclasses de uma mesma classe, entre os morfemas intralexicais e entre funÃÃes sintÃtico-semÃnticas. Desse modo, no interior de cada macroclasse pleri- e proformal, de suas subclasses e de suas propriedades categoriais constitutivas, as formas apresentam estatutos de gramaticalidade variados, a depender de sua maior, menor ou mÃltipla filiaÃÃo, respectivamente, a macroclasses, a subclasses, ou a maior ou menor expressÃo morfologizada de uma propriedade categorial. As disputas, portanto, entre lÃxico e gramÃtica, condicionadas por fatores cognitivos e pragmÃticos, ocorrem entre as classes, as subclasses e os morfemas intralexicais codificadores de propriedades categoriais. Por fim, a tese presta um tributo à tradiÃÃo por ter, de um modo ou de outro, chamado atenÃÃo, ou intuÃdo, para a propensÃo de os sistemas lingÃÃsticos apresentarem, de modo periodicamente refundido, uma contraparte mais genÃrica de cada macroclasse, subclasse e morfemas intralexicais. Contudo, esse entendimento se refletiu ou se resumiu estrita e/ou principalmente à classe pronominal. Justifica-se, assim, a consideraÃÃo dos pronomes como os protÃtipos das proformas, ou seja, como seus exemplares tÃpicos ou melhores representantes.

ASSUNTO(S)

lingua portuguesa classe de palavras gramaticalizaÃÃo proformality prototipicidade lÃngua portuguesa - gramÃtica gramÃtica comparada e geral - gramaticalizaÃÃo evolutionary hypothesis. hipÃtese evolucionÃria. proformalidade word class funcionalismo(lingÃÃstica) grammaticalization prototypicality

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