TERRITORIALIZAÇÃO DO ECOTURISMO NO DOMO DE ITABAIANA SE

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente estudo analisou, no Domo de Itabaiana, tradicional território de atividades produtivas e de lazer localizado no Agreste de Sergipe, mais um fenômeno social observado no espaço, a territorialização da modalidade de turismo na qual a natureza em si é a mercadoria que deve ser consumida, o ecoturismo. Este, cuja prática é mais uma necessidade criada, é proposto nos projetos do Estado como uma atividade econômica capaz de promover o desenvolvimento local sustentável. E nos atrativos naturais do Domo, que se pretende transformar em atrativos turísticos e que estão presentes no Pólo das Serras Sergipanas na regionalização do turismo de Sergipe e do Brasil, ele é observado pela população residente nas proximidades, sendo promovido por guias pioneiros que fazem pequenos investimentos, como atividade econômica informal em pequena escala, sobretudo nos finais de semana, numa demonstração, de que teve início o processo em tela. Algumas iniciativas recentes, como a criação do Parque Nacional Serra de Itabaiana, sustentam a perspectiva de continuidade desse processo, entretanto nada garante que este evolua a ponto de no futuro ser importante na produção do espaço do Domo de Itabaiana. E embora o Estado planeje e comece a executar ações no sentido de promover tal territorialização e representantes deste e de outros atores sociais envolvidos no processo afirmem que o Domo apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento do ecoturismo, é o capital que faz a escolha dos espaços em que irá reproduzir-se, sendo que a realidade evidencia, ao menos até o momento, que as ações do Estado não foram seguidas de investimentos significativos do capital. Observe-se que além da fragilidade dos atrativos naturais locais, diante do mau uso, impondo o monitoramento do uso para o lazer e da exploração pelo ecoturismo, mesmo antes de ser percebida na produção do espaço, qualquer interferência significativa da territorialização do ecoturismo no Domo de Itabaiana, são evidentes neste processo conflitos de interesses. Neste sentido, é importante atentar para a mistificação em torno do ecoturismo, bem como para a necessidade de avaliar os resultados dessa territorialização na produção do espaço com base no interesse social.

ASSUNTO(S)

ecoturismo itabaianas dome spare time territorialização geografia ecological tourism domo de itabaiana lazer territorial

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