Tempo e consciencia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

O objeto de nossa investigação é a questão da consciência e sua temporalidade interna, aplicada ao problema do pensamento em autômatos. Iniciamos pela insuficiência do cogito cartesiano como fundamento para o reconhecimento da consciência do outro, considerando o critério comportamental em Turing e o critério da consciência em Searle. Analisamos a questão da consciência humana, examinando as hipóteses de substância e propriedade. Esta última nos leva a discutir a relação entre processamento semântico e experiências vividas, numa compreensão evolutivo-biológica. Examinamos o vínculo entre a continuidade orgânica e a temporalidade interna, tendo como fundamentos o critério de Leibniz para a distinção entre autômatos naturais e artificiais e o conceito bergsoniano de duração. Segue-se uma discussão sobre a ontologia do mental como uma ontologia de primeira pessoa e da multiplicidade. Finalmente, procuramos situar o fenômeno da consciência em bases naturais e compatíveis com uma compreensão científica do universo, através do princípio antrópico e de uma interpretação do problema do observador consciente, considerando a consciência uma propriedade cosmológica. Deste modo, a construção da simultaneidade é compreendida dentro dos limites biológicos do organismo humano, restringindo a compreensã.o bergsoniana de simultaneidade. Ainda assim, obtemos da temporalidade interna à consciência um limite para o processamento semântico e, conseqüentemente, para o desenvolvimento de autômatos. Além disso, compreendemos a liberdade como uma necessidade já presente no sujeito epistemológico, que é, portanto, autônomo

ASSUNTO(S)

tempo automação filosofia da mente consciencia

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