Tempo de observação e resolução espontânea de fimose primária em crianças

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

RESUMO Objetivo: investigar a taxa de resolução espontânea de uma série de pacientes com diagnóstico de fimose fisiológica e sua relação com o tempo de observação e com a presença de sintomas. Métodos: estudo retrospectivo e de seguimento longitudinal e observacional de pacientes em acompanhamento por fimose fisiológica, que não haviam realizado tratamento tópico. Estes pacientes foram convocados para uma consulta médica de reavaliação ou tiveram dados recentes obtidos a partir da análise dos prontuários. A taxa de resolução espontânea foi determinada e comparada estatisticamente de acordo com a idade, com a presença de sintomas no momento da primeira consulta e com o tempo transcorrido entre a primeira consulta e a reavaliação. Resultados: setenta e um pacientes foram incluídos no estudo. O tempo médio de observação, entre a primeira consulta e a reavaliação foi de 37,4 meses. Houve resolução espontânea da fimose em 32 (45%) pacientes. As crianças que apresentaram resolução espontânea eram mais jovens no momento do diagnóstico inicial e foram observadas por um maior intervalo de tempo. A maior parte dos pacientes assintomáticos na primeira consulta apresentou resolução espontânea. No entanto, não foi possível estabelecer uma relação significativa entre a presença de sintomas e a evolução da fimose fisiológica. Conclusões: o tempo de observação foi o maior determinante para a resolução espontânea de pacientes com fimose fisiológica, o que reforça a tendência atual mais conservadora em relação às indicações de circuncisão para estes pacientes.

ASSUNTO(S)

fimose circuncisão masculina criança

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