Tela de poliprofileno : estudo da biocompatibilidade em modelo animal e da aplicabilidade na reconstrução de órbitas em humanos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este estudo foi composto de duas fases. Na primeira, implantaram-se telas de polipropileno em continentes orbitais de cães. As paredes mediais das órbitas de 12 cães foram fraturadas e pedaços de tela de polipropileno implantados cobriram os defeitos ósseos produzidos. Utilizou-se uma, duas ou três camadas de tela de polipropileno e algumas órbitas, somente fraturadas, serviram como controle. Os cães foram sacrificados nos tempos de 15, 30 e 60 dias de pós-operatório; os tecidos das órbitas de controle e das implantadas foram removidos e preparados para análise histológica em microscopia óptica. Os resultados obtidos por análise histológica demonstraram que as telas de polipropileno causaram reações teciduais de intensidade leve a moderada nos tecidos, podendo-se concluir que o material foi bem tolerado, mesmo quando superposto em duas ou três camadas. A segunda fase tratou de um estudo retrospectivo, em prontuários de 30 pacientes vítimas de trauma com fraturas faciais e do continente orbital, operados no HBDF no período de 1996 a 2008. A finalidade foi avaliar a eficácia da tela de polipropileno na correção das paredes orbitais em que houve perda óssea. A indicação de implante com a tela objetivou corrigir ou evitar alterações visuais como diplopia, enoftalmia e oftalmoplegia. A seleção dos prontuários contemplou aleatoriamente pacientes de ambos os gêneros, que se submeteram ao implante orbital com tela de polipropileno no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Os resultados observados e a análise estatística demonstraram que a tela de polipropileno foi capaz de corrigir os defeitos ósseos do continente orbital e evitar os fenômenos visuais mencionados.

ASSUNTO(S)

ciencias da saude trauma facial implante aloplastico tela de poliprofileno reconstrução tecidual

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