Uso da membrana amniótica como cobertura da cavidade abdominal na reconstrução da parede com tela de polipropileno em ratos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

OBJETIVO: avaliar a eficácia da membrana amniótica usada com tela de polipropileno contra a formação de aderências e sua influência na cicatrização. MÉTODOS: vinte e cinco ratas Wistar foram anestesiadas para criação de um defeito parietal na parede abdominal anterior. Sua correção foi feita com tela de polipropileno isolada e associada à membrana amniótica. No grupo Controle (n=11), a tela foi inserida isoladamente intra-abdominal. No grupo A (n=7), interpôs-se a membrana amniótica entre a tela e a parede abdominal. No grupo B, a membrana amniótica foi colocada sobre a tela, recobrindo-a. Após sete dias, os animais foram eutanasiados para avaliação macroscópica e microscópica da cicatrização. RESULTADOS: aderências foram observadas em todos os animais, exceto em um do grupo Controle. Inflamação acentuada foi observada em todos os animais dos grupos A e B e em três do grupo Controle, com diferença significativa entre eles (A e B com p=0,01). Acentuada atividade angiogênica foi notada em um animal do grupo Controle, seis do grupo A e quatro do grupo B, com diferença significativa entre o grupo Controle e os grupos A (p=0,002) e B (p=0,05). O colágeno cicatricial foi predominantemente maduro, exceto em cinco animais do grupo Controle, com diferença significativa entre o grupo Controle e os grupos A (p=0,05) e B (p=0,05). CONCLUSÃO: a presença da membrana amniótica não alterou a formação de aderências na primeira semana de pós-operatório. Associou-se à inflamação acentuada, elevada atividade angiogênica e predomínio de fibras colágenas maduras, independente do plano anatômico em que foi inserida.

ASSUNTO(S)

aderências teciduais membrana amniótica parede abdominal ratos colágeno

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