Técnica simplificada de reconstrução do trato digestivo após gastrectomia para câncer gástrico
AUTOR(ES)
ZILBERSTEIN, Bruno, JACOB, Carlos Eduardo, BARCHI, Leandro Cardoso, YAGI, Osmar Kenji, RIBEIRO-JR, Ulysses, COIMBRA, Brian Guilherme Monteiro Marta, CECCONELLO, Ivan
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/08/2013
RESUMO
RACIONAL: Cada vez mais a cirurgia laparoscópica está sendo aplicada no tratamento cirúrgico do câncer gástrico. A reconstrução do trato gastrointestinal totalmente feita por laparoscopia também tem sido um desafio para aqueles que desenvolveram este procedimento. OBJETIVO: Descrever reconstrução simplificada após gastrectomia total ou subtotal para o câncer gástrico por laparoscopia e os resultados de sua aplicação em uma série de casos. MÉTODOS: Nos últimos quatro anos, 75 pacientes foram operados com câncer gástrico e dois com GIST. Trinta e quatro eram mulheres e 43 homens. A idade variou de 38 a 77 anos com média de 55 anos. Nos dois pacientes com GIST em um foi realizada gastrectomia total e no outro gastrectomia subtotal. Nos outros 75 pacientes foram aplicados 21 gastrectomias totais e 54 subtotais. Em todos os cânceres, a gastrectomia foi completada com linfadenectomia D2 com pelo menos 37 linfonodos retirados. Foi utilizada nas operações modificação técnica laparoscópica proposta pelos autores consistindo em anastomose latero-lateral esôfago jejunal em GT e de modo semelhante na GST e restabelecimento da continuidade digestiva também no abdômen superior. RESULTADOS: O intra-operatório e a evolução pós-operatória imediata transcorreu sem intercorrências, exceto por um caso de sangramento devido à abertura de clipe, sendo necessária re-intervenção. O tempo operatório foi de cerca de 300 minutos, não havendo diferença entre GT e GST. O número de nódulos linfáticos retirados variou de 28 a 69, com média de 37. O estadiamento pós-operatório mostrou um caso em T4 N2 M0; 13 em T2 N0 MO; 27 em T2 N1 M0; 24 em T3 N1 M0; e 10 em T3 N2 M0. Como complicação, em apenas um caso foi observado no 10º dia do pós-operatório uma pequena fístula da anastomose esofagojejunal com fechamento espontâneo. CONCLUSÃO: A evolução dos pacientes, sem complicações e mortalidade e com apenas um pequeno vazamento de anastomose sem repercussões sistêmicas, é forte indício da viabilidade técnica inovadora deste método.
ASSUNTO(S)
trato gastrointestinal gastrectomia neoplasia gástrica
Documentos Relacionados
- Técnica de Rosanov modificada na reconstrução do trato digestivo após gastrectomia total
- CÂNCER DE COTO GÁSTRICO APÓS GASTRECTOMIA POR ÚLCERA PÉPTICA GASTRODUODENAL
- Impacto do número de linfonodos retirados na sobrevida após gastrectomia por câncer gástrico
- Gastrectomia parcial videoassistida para câncer gástrico precoce
- Passo a passo da anastomose esofagojejunal intra-corpórea após gastrectomia total para o tratamento do câncer gástrico por laparoscopia: padronização técnica da "ogiva reversa"