Taxonomia "em obras": avanços na sistemática de Apocynaceae, com ênfase nas Asclepiadoideae brasileiras
AUTOR(ES)
Rapini, Alessandro
FONTE
Rodriguésia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-03
RESUMO
As Apocynaceae compreendem aproximadamente 5.000 espécies e estão amplamente distribuídas. Pertencem às Gentianales e podem ser facilmente reconhecidas pela presença de látex e por uma cabeça estilar derivada da fusão dos dois carpelos no ápice do estilete. Asclepiadoideae é a sua maior subfamília. Tratada por quase dois séculos em Asclepiadaceae, ela inclui aproximadamente 3.000 espécies e é definida pelos estames com anteras biesporangiadas e pólen transferido em unidades especializadas denominadas polinários. Desde o século XIX, trabalhos florísticos e revisões taxonômicas têm contribuído significativamente para a taxonomia das Asclepiadoideae no Brasil. No entanto, foi apenas a partir deste milênio que estudos filogenéticos, principalmente com base em dados moleculares e um arsenal robusto de análises computacionais, propiciaram avanços significativos para a compreensão das relações internas na subfamília. Avanços na sistemática de Apocynaceae têm gerado novas interpretações sobre evolução morfológica e biogeografia e promovido mudanças substanciais na classificação da família. Vários arranjos taxonômicos ainda são necessários e pode-se dizer que a taxonomia de Apocynaceae encontra-se "em obras". Neste artigo, são revisadas as principais mudanças taxonômicas na família, com atenção especial para a sistemática dos grupos neotropicais. É apresentado um cladograma das Apocynaceae salientando a posição filogenética dos gêneros brasileiros e sua diversidade em número de espécies nativas. Os principais estudos e a diversidade de Asclepiadoideae no Brasil são sintetizados e perspectivas para futuras pesquisas na subfamília são apresentadas.
ASSUNTO(S)
asclepiadaceae brasil dados moleculares evolução morfológica filogenia
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