SuplementaÃÃo com milho e minerais orgÃnicos em dietas com alto teor de polpa cÃtrica para vacas em lactaÃÃo. / Supplementation with corn and organic minerals of high citrus pulp content diets for lactating cows.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Dietas para vacas leiteiras formuladas com alta inclusÃo de polpa cÃtrica em substituiÃÃo ao milho em grÃo podem aumentar a eficiÃncia financeira da produÃÃo de leite no Sudeste Brasileiro. Entretanto, a substituiÃÃo total de amido de milho por pectina, fibra e sacarose de polpa cÃtrica pode induzir mudanÃas no perfil fermentativo e na sÃntese de proteÃna microbiana no rÃmen. Este experimentou avaliou a resposta de vacas leiteiras à baixa inclusÃo de milho maduro finamente moÃdo em dietas com alto conteÃdo de polpa cÃtrica peletizada. Concomitantemente, foi avaliada a substituiÃÃo total de fontes inorgÃnicas de Cu, Mn, Se, Zn e Cr por fontes orgÃnicas destes microminerais. Um arranjo fatorial dos dois fatores resultou em quatro dietas isoprotÃicas e com teor similar de FDN oriundo de silagem de milho: MO (milho e mineral orgÃnico), MI (milho e mineral inorgÃnico), PO (polpa e mineral orgÃnico) e PI (polpa e mineral inorgÃnico). O teor de milho na MS dietÃtica foi 10% e o de polpa foi 24% nos tratamentos MO e MI e o teor de polpa cÃtrica foi 33% nos tratamentos PO e PI. Uma sequÃncia dos quatro tratamentos foi oferecida simultaneamente a dezesseis vacas lactantes em Quadrados Latinos 4x4 com perÃodos de 21 dias, um quadrado foi formado por vacas fistuladas no rÃmen. NÃo ficou claro o efeito sobre a resposta de curto prazo em desempenho animal e digestÃo decorrente da substituiÃÃo de fontes inorgÃnicas por fontes orgÃnicas de microminerais, as dietas nÃo foram similares em teores de P, Ca, Co, I e Mn. O consumo diÃrio de matÃria seca foi 19,4 kg nas dietas com polpa cÃtrica como concentrado energÃtico Ãnico e 20,5 kg nas dietas com algum milho (P=0,03). Este fato, acoplado à menor digestibilidade aparente da matÃria orgÃnica no trato digestivo total nas dietas com alta polpa cÃtrica (P=0,05), reduziu o consumo de matÃria orgÃnica digestÃvel nestes tratamentos (P<0,01). Houve tendÃncia de queda na taxa fracional de degradaÃÃo ruminal in situ da MS da silagem de milho (P=0,11) e de aumento no tamanho da fraÃÃo indigestÃvel (P=0,15) nas dietas com milho, sugerindo que a degradabilidade ruminal das forragens nÃo foi o determinante da queda de consumo nas dietas com alta polpa cÃtrica. A produÃÃo diÃria de leite foi 27,5 kg nas dietas sà com polpa e 28,4 kg nas dietas com milho (P=0,04). A eficiÃncia de utilizaÃÃo energÃtica, mensurada pela secreÃÃo diÃria de energia lÃquida no leite dividida pelo consumo de matÃria orgÃnica digestÃvel, nÃo variou entre tratamentos. A inclusÃo de amido à dieta com polpa aumentou o teor e a produÃÃo de proteÃna no leite (P<0,03) e nÃo afetou a secreÃÃo de gordura (P>0,24). A concentraÃÃo de derivados de purinas na urina foi numericamente maior nas dietas onde o milho substituiu parcialmente a polpa cÃtrica, sugerindo que a inclusÃo de milho à dieta teve efeito positivo sobre a sÃntese de proteÃna microbiana no rÃmen. Apesar do menor custo alimentar por vaca por dia nas dietas com polpa cÃtrica como concentrado energÃtico Ãnico, as dietas com milho foram vantajosas financeiramente quando um sistema de bonificaÃÃo por qualidade foi adotado para definir o preÃo do leite. Dietas formuladas exclusivamente com polpa cÃtrica podem funcionar quando o pagamento do leite à feito exclusivamente com base no volume produzido, mas alguma inclusÃo de amido de milho parece ser benÃfica quando a meta à maximizar o consumo e a produÃÃo de sÃlidos no leite.

ASSUNTO(S)

nutricao e alimentacao animal trace minerals pectina produÃÃo de leite digestibility digestibilidade consumo microminerais milk production starch amido intake pectin

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