Sugestionabilidade: suas caracterÃsticas e correlaÃÃes com outras variÃveis psicolÃgicas / Suggestibility: characteristics and correlations with other psychological variables

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A sugestionabilidade vem sendo apontada na literatura como variÃvel fundamental na explicaÃÃo da hipnose e de outros fenÃmenos psicolÃgicos, contudo, ainda à pouco explorada, sobretudo do ponto de vista empÃrico. Apesar da relevÃncia de compreender a sugestionabilidade, e atà mesmo a hipnose, no Brasil, poucos estudos que tratassem explicitamente esses tÃpicos foram encontrados. Levando em conta essas observaÃÃes, a presente dissertaÃÃo teve como objetivo avaliar o construto sugestionabilidade como composto por traÃos ou fatores intra-sujeito, mais especificamente pelos fatores fantasiosidade, influenciabilidade, absorÃÃo e implicaÃÃo emocional. Ademais, buscou-se identificar como a sugestionabilidade, assim definida, estaria relacionada com variÃveis como a desejabilidade social, as estratÃgias de enfrentamento de problemas, a saÃde/doenÃa mental e o sexo. Participaram da pesquisa 224 estudantes universitÃrios de diversos cursos da Universidade Federal da ParaÃba (JoÃo Pessoa). A amostra foi composta, predominantemente, por participantes do sexo feminino (58%), solteiros (83,9%) e tinham, em mÃdia, 22,9 anos de idade (DP = 5,6). Todos responderam a um questionÃrio que continha, alÃm de questÃes sÃcio-demogrÃficas, as medidas selecionadas para avaliar os construtos aqui delimitados, inclusive o InventÃrio de Sugestionabilidade, composto pelos fatores supramencionados, o qual se pretendia validar para o contexto brasileiro. A partir das anÃlises dos dados foi possÃvel verificar que o instrumento usado para mensurar a sugestionabilidade demonstrou uma estrutura fatorial coerente e com uma configuraÃÃo prÃxima Ãquela demonstrada na sua versÃo original. Por meio de uma anÃlise fatorial confirmatÃria, comprovou-se a adequaÃÃo de um modelo com trÃs dos fatores esperados (fantasiosidade,influenciabilidade e absorÃÃo). Os indicadores de adequaÃÃo de ajuste foram: x2/g.l = 1,85; GFI = 0,88; AGFI = 0,85; RMSEA = 0,06. Neste sentido, pode-se afirmar a sua validade. Ademais, o inventÃrio apresentou um indicador de confiabilidade satisfatÃrio (Alfa de Cronbach = 0,79). Os dados ainda possibilitaram evidenciar que a sugestionabilidade correlacionou-se negativamente com a desejabilidade social (r = -0,26, p <0,001) e a saÃde mental (r = -0,23, p <0,001), e positivamente com as estratÃgias de enfrentamento, sobretudo com aquelas focalizadas na emoÃÃo (r = 0,41, p <0,001). Observou-se tambÃm que o nÃvel mÃdio de sugestionabilidade foi maior nas mulheres (M = 2,13; DP = 0,55) em comparaÃÃo com os homens (M = 1,97; DP = 0,56), F(1) = 4,41; p <0,05. Esses achados sÃo discutidos em termos do embasamento cognitivo que a sugestionabilidade, tal como foi definida, pode oferecer para a manifestaÃÃo dos construtos considerados

ASSUNTO(S)

psicologia cognitiva sex social desirability saÃde mental sexo coping estratÃgias de enfrentamento desejabilidade social suggestibility mental health sugestionabilidade

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