Subclinical thyroid dysfunction and risk factors for cardiovascular disease in women at the workplace / Doenças tireoidianas subclínicas e fatores de risco cardiovascular em mulheres com mais de 40 anos em seu local de trabalho

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução: As disfunções tireoidianas subclínicas são comuns na prática clínica, particularmente entre mulheres de meia idade. Existem algumas evidências de que as disfunções tireoidianas subclínicas podem afetar o risco cardiovascular de forma negativa, além de afetar a qualidade de vida e produzir sintomas somáticos e psicológicos. Entretanto ainda existe muita controvérsia sobre se o tratamento destas disfunções afeta positivamente algum desfecho clínico e se estaria indicado realizar um rastreamento populacional destas disfunções. Objetivo: Este estudo teve como objetivo determinar a freqüência das disfunções tireoidianas subclínicas e sua associação com fatores de risco cardiovasculares tradicionais e com alguns fatores psico-sociais em mulheres com 40 anos ou mais em seu local de trabalho. Métodos: Estudo transversal de rastreamento com funcionárias da Universidade de São Paulo com 40 anos ou mais. Todas as participantes foram entrevistadas e responderam a quatro questionários específicos validados [um questionário sobre características sócio-demográficas, o questionário de angina de Rose, o Short Form Health Survey - 36 (SF-36) e o Self-Report Questionnaire (SRQ-20)], foram submetidas a mensuração de medidas antropométricas e da pressão arterial e tiveram uma amostra de sangue colhida para avaliação de função tireoidiana (TSH e T4-livre) e anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO), glicemia de jejum e colesterol total, LDL-colesterol e HDL-colesterol. Em uma subamostra do estudo também foi dosada a proteína C ultra-sensível (hsCPR). As mulheres foram analisadas de acordo com seu estado funcional tireoidiano. Resultados: Das 736 funcionárias com 40 anos ou mais convidadas a participar, 314 (42,7%) aceitaram o convite. As freqüências de hipotireoidismo e hipertireoidismo subclínico foram, respectivamente, 7,3% e 5,1%. Anticorpos anti-tireoperoxidase positivos foram encontrados em 51 mulheres (16,2%). Níveis de TSH <10 mIU/l estavam presentes em 78,3% das mulheres com hipotireoidismo subclínico. Não houve diferença nas características gerais, nos fatores de risco para doença cardiovascular, nos fatores psico-sociais nem, de uma forma geral, na qualidade de vida comparando-se as mulheres de acordo com sua função tireoidiana. Conclusão: Não se encontrou nenhuma associação entre disfunção tireoidiana subclínica e fatores de risco para doença cardiovascular. Não se encontrou nenhuma associação de disfunção tireoidiana subclínica e fatores psico-sociais (qualidade de vida, sintomas somáticos e psicológicos). Os resultados deste estudo transversal não suportam a prática de rastreamento rotineiro de disfunção tireoidiana subclínica.

ASSUNTO(S)

doenças cardiovasculares hipertiroidismo/psicologia hypothyroidism/psychology mulheres thyroid gland women glândula tireóide questionários questionnaires quality of life cardiovascular diseases hyperthyroidism/psychology qualidade de vida hipotiroidismo/psicologia

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