Study of responsible mechanisms for accumulation of the lymphocytes during the induced pleurisy for Mycobacterium bovis- BCG / Estudo dos mecanismos responsáveis pelo acúmulo de linfócitos durante a pleurisia induzida por Mycobacterium bovis- BCG

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Neste trabalho nós avaliamos o mecanismo pelo qual linfócitos T acumulam na cavidade pleural de camundongos nas diferentes fases da resposta inflamatória induzida pelo BCG. Na primeira etapa deste trabalho nós avaliamos o papel de moléculas de adesão da família das selectinas no acúmulo de células T na cavidade pleural após o estímulo por BCG. A injeção intratorácica (i.t.) de BCG (4,5 x 105 bactérias viáveis/cavidade) induz um acúmulo progressivo de leucócitos totais, células mononucleares, granulócitos e linfócitos T na cavidade pleural de camundongos C57BL/6. O pré-tratamento in vivo com fucoidina foi capaz de inibir o acúmulo de granulócitos em 24 horas e 15 dias após estímulo, mas somente inibiu o acúmulo de linfócitos em 24 horas, mas não em 15 dias. Através do modelo de transferência de células, foi observado que linfócitos marcados com FITC migram 24 horas, mas não 15 dias, após a injeção i.t. de BCG. A expressão de moléculas envolvidas na proliferação de linfócitos como a IL-2, do seu receptor CD25 e do monômero que compõe o complexo AP-1 o c-Fos, foi avaliada 7 dias após a estimulação com BCG. O conteúdo de IL-2 no lavado pleural recolhido de camundongos injetados com BCG foi maior que o observado no grupo controle. A expressão de CD25 e c-Fos em linfócitos pleurais recolhidos de camundongos estimulados com BCG também foi maior que o observado no grupo estimulado com salina. O lavado pleural recolhido 7 dias após a estimulação com BCG foi capaz de induzir a proliferação de esplenócitos derivados de animais normais devido a ação da IL-2 e IFN-.. Em conjunto, estes resultados sugerem que o acúmulo de linfócitos na cavidade pleural observada 15 dias após administração de BCG é devido a um evento proliferativo. A segunda parte deste estudo foi dedicada a avaliar a atividade quimiotática sobre linfócitos do CCL2/CCR2 durante a pleurisia induzida por BCG. A injeção i.t. de BCG aumenta a produção de CCL2 por células pleurais em 24 horas que começa a cair em 7 dias, e retorna a níveis basais em 15 dias. Células T .d recolhidas da cavidade pleural de camundongos estimulados com BCG expressam maiores níveis de CCR2 quando comparados com células T .d obtidas de camundongos controle, somente 24 horas após a injeção de BCG. O papel do CCL2/CCR2 no acúmulo agudo de células T .d foi confirmado em camundongos C57BL/6-CCR2 -/-, que mostrou um reduzido acúmulo de células T .d no espaço pleural 24 horas após o estimulo com BCG. O papel do CCL2 na fase aguda da resposta inflamatória induzida pelo estímulo com BCG foi confirmada pela migração in vitro de células T .d para o lavado pleural livre de células recolhidos de camundongos injetados com BCG (BPW) em 24 horas (mas não em resposta a BPW de 7 ou 15 dias) bem como através de transferência de células T .d marcadas que mostrou uma mobilização do sangue periférico para o tecido inflamado em 24 horas, mas não em 7 ou 15 dias após o estímulo i.t. com BCG. Em conjunto nossos resultados sugerem que o acúmulo de linfócitos durante a fase aguda e tardia da resposta inflamatória ao estímulo ao BCG é derivada de mecanismos distintos, mas complementares.

ASSUNTO(S)

migração de linfócitos chemokines mycobacterium bovis pleurisy mycobacterium bovis pleurisia t-lymphocytes linfócitos t movimento celular imunologia tuberculose pleural quimiocinas tuberculosis pleural cell movement

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