Spatial-temporal dynamics of zooplankton in the Caravelas river estuary (Bahia, Brazil) / Análise da estrutura e transporte do zooplâncton no estuário do Rio Caravelas (Bahia-Brasil) através do uso do zooscan

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Dinâmica espacial e temporal do zooplâncton no estuário do rio Caravelas (Bahia, Brasil). A pesquisa foi realizada no intuito de descrever a comunidade zooplanctônica do estuário do rio Caravelas (Bahia, Brasil), além de quantificar e relacionar os padrões de transporte horizontal e vertical com os tipos de maré (quadratura e sizígia) e fases de maré (enchente e vazante). As amostras do zooplâncton foram coletadas com auxílio de bomba de sucção (300L), filtradas em redes de plâncton (300μm) e fixadas em solução salina de formol a 4%. As coletas foram realizadas em um ponto fixo (A1), próximo a desembocadura do estuário, com amostras obtidas nas marés de quadratura e sizígia durante os períodos seco e chuvoso. As amostragens foram feitas durante 13 horas, em intervalos de 1 hora, em 3 níveis de profundidade: superfície, meio e fundo. Simultânea à coleta biológica, foram medidos a velocidade das correntes, temperatura e salinidade da água, através de CTD. Em laboratório, amostras foram selecionadas para análise em lupa, sendo 25 grupos identificados, com Copepoda obtendo o maior número de espécie. As 168 amostras provindas das coletas temporais foram subamostradas e processadas no equipamento ZooScan, com auxílio do software ZooProcess, ao final foram geradas 458.997 vinhetas. Foram identificados 8 táxons automaticamente, com mais 16 classificados de forma semi-automática. O grupo Copepoda, apesar do refinamento taxonômico limitado do ZooScan, obteve 2 gêneros e 1 espécie identificada de maneira automática. Entre as campanhas seca e chuvosa os grupos Brachyura (zoea), Chaetognatha, além dos copépodes Calanoida (outros), Temora spp., Oithona spp. e Euterpina acutifrons foram os que tiveram maior freqüência de ocorrência, aparecendo em mais de 70% das amostras. O grupo Copepoda foi o que apresentou os maiores percentuais de abundância relativa em ambas as campanhas. Não houve variação sazonal do zooplâncton total, com densidade média de 78264219 org.m-3 no período seco, e 79593675 org.m-3 no chuvoso, nem entre os tipos e fases das marés, contudo diferenças sazonais significativas foram registradas para os principais grupos zooplanctônicos. Foi vista estratificação vertical para os principais grupos zooplanctônicos (Brachyura, Chaetognatha, Calanoida (outros), Oithona spp, Temora spp. e Euterpina acutifrons). A amplitude desta estratificação variou com o tipo (quadratura ou sizígia) ou fase de maré (enchente ou vazante). O transporte instantâneo foi mais influenciado pela velocidade das correntes, com maiores valores observados nas marés de sizígia para o zooplâncton total, entretanto, houve variação deste padrão dependendo do grupo zooplanctônico. De acordo com os dados de importação e exportação do zooplâncton total, o fluxo de saída de organismos do estuário foi superior à entrada. Os resultados sugerem que a região estuarina de Caravelas pode exercer influência na dinâmica de matéria para a área costeira adjacente, com possíveis reflexos no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

ASSUNTO(S)

transport estuário transporte zooplankton automatic identification estuary identificação automática zooplâncton ecologia

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