Sobrevivência e dispersão de fêmeas de Aedes aegypti no Rio de Janeiro. / Sobrevivência e dispersão de fêmeas de Aedes aegypti no Rio de Janeiro. / Survival and dispersion of females of Aedes aegypti in Rio De Janeiro. / Survival and dispersion of females of Aedes aegypti in Rio De Janeiro.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Estudos sobre a ecologia de Aedes aegypti são de suma importância para o melhor conhecimento da capacidade vectorial de suas populações, da dinâmica da transmissão do dengue e do controle desse vetor. Neste estudo, foram estimadas a taxa de sobrevivência diária, a longevidade, a dispersão e a paridade de fêmeas de Ae. aegypti em uma área suburbana (Tubiacanga) e uma favela (Amorim) na cidade do Rio de Janeiro, durante as estações chuvosa e seca de 2005, através de experimentos de marcação-soltura-recaptura (MSC). Foi também avaliada a eficiência de uma nova armadilha para coleta de Ae. aegypti adultos (BGS-Traps) na área suburbana. Em cada MSC, três coortes de mosquitos marcados com pó fluorescente de cores distintas foram soltas e capturadas com aspiradores mecânicos, BGS-Traps e ovitrampas colantes. BGS-Traps capturou significativamente mais Ae. aegypti de ambos os gêneros que o aspirador, o qual coletou muito mais Culex quinquefasciatus. BGS-Trap coletou mais fêmeas de Ae. aegypti à procura de fontes sanguíneas e mostrou ser eficiente no monitoramento da densidade desse vetor. A sobrevivência foi estimada pelo ajuste de dois modelos alternativos: exponencial e não linear com correção para a remoção de indivíduos. Taxas de captura variaram entre 6,81 e 14,26%. Na área urbana foram observadas maiores taxas tanto de sobrevivência, variando entre 0,827 e 0,942 de acordo com o modelo não linear, quanto de paridade (68,5%). Taxas de paridade não variaram significantemente entre as estações chuvosa e seca em ambas as áreas. As taxas de sobrevivência diária registradas sugerem adultos longevos e, por conseguinte, mais aptos a transmitir o vírus do dengue. Fêmeas apresentaram maior deslocamento na área suburbana que na comunidade carente, com distâncias médias percorridas de, respectivamente, 80-86m e 39-53m, sendo que 10% das fêmeas se deslocou mais de 130m no subúrbio, com distância máxima percorrida de 363m, contra 70-90m na comunidade. Resultados sugerem intenso risco de surgimento de epidemia do dengue, particularmente na comunidade situada em área urbana.

ASSUNTO(S)

rio de janeiro dispersão dengue aedes aegypti parasitologia parity aedes aegypti capacidade vetorial dispersion survival development ovaril sobrevivência dengue desenvolvimento ovariano paridade

Documentos Relacionados