Sixteenth-century-Ingenious Bucolic / A engenhosa bucolica seiscentista

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Ao reler a Fábula de Polifemo y Galatea de Góngora, esta Engenhosa Bucólica Seiscentista, tendo em vista os regimes retóricos de representação letrada, assim como a especificidade aguda da preceptiva poética coetânea, procura delinear um viés interpretativo que se esquiva tanto do paradigma psico-sociológico, empreendido, de modo exemplar, na fortuna crítica de Góngora, por Robert Jammes, quanto da linhagem estilística postulada por Dámaso Alonso. Recuperando categorias interpretativas forjadas pelas principais Artes de Engenho, sobretudo as de Emanuele Tesauro e Baltasar Gracián, o presente estudo, em convergência com os novos trabalhos dedicados às retóricas ibéricas, como, por exemplo, o de Antonio Martí e o de Luisa López Grigera, examina a atualização gongórica da fábula greco-latina, atendo-se, por um lado, ao procedimento tropológico-analítico que particulariza a elocução de Góngora e, por outro, ao incremento cortês, que ali afeta o arranjo convencional do argumento fabular, concebendo ambos sob o signo de uma emulação, que, ao pressupor o aprimoramento da língua romance, empenha-se na institucionalização, via consenso erudito, de um decoro agudo, ou seja, de um uso que, ao restringir seus campos de interlocução, imagina uma companhia engenhosamente discreta.

ASSUNTO(S)

gongora y argote wit polifemo (literatura) poetica polifemo (literature) poetic retorica agudeza luis de rhetoric

Documentos Relacionados