Síndromes mielodisplásicas: a histopatologia como fator prognóstico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-08

RESUMO

A biópsia de medula óssea propicia a avaliação da celularidade global, dos precursores imaturos de localização anormal e de fibrose nas sídromes mielodisplásicas. O método tem sido considerado importante também para o diagnóstico e prognóstico da síndrome. O objetivo deste estudo foi o de observar a influência de parâmetros histológicos como a celularidade, a relação eritróide-mielóide, a presença de precursores imaturos de localização anormal e fibrose medular na sobrevida de pacientes com a síndrome. De abril de 1985 a junho de 1998, 46 pacientes diagnosticados segundo os critérios do grupo Franco, Americano, Britânico foram estudados. A casuística era composta de 20 pacientes do sexo masculino e de 26 do sexo feminino com idade média de 61 anos. Foram revisados 46 esfregaços de aspirado de medula óssea e 36 cortes histológicos de biópsia de medula óssea. A sobrevida média dos casos de hipocelularidade foi de 64,8 meses e dos casos que eram hiper ou normocelulares foi de 31.8 meses. Pacientes com a predominância de hiperplasia tiveram sobrevida média de 50,8 meses, que foi superior aos que apresentavam hiperplasia mielóide (20,3 meses). Não houve diferença estatística na sobrevida dos pacientes que apresentaram ou não fibrose medular. A biópsia de medula óssea deve ser considerada útil na identificação de parâmetros que influenciam no prognóstico da síndrome mielodisplásica. A hipocelularidade e a hiperplasia eritrocitária está relacionada com a sobrevida maior, enquanto a hiperplasia mielóide com a sobrevida mais curta.

ASSUNTO(S)

síndrome mielodisplásica histopatologia prognóstico

Documentos Relacionados