Síndrome metabólica e atividade física em idosos de uma comunidade do sul do Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Objetivos - A associação entre um estilo de vida sedentário e obesidade está intimamente relacionada a um aumento da prevalência de síndrome metabólica (SM). Há alguma evidência de que a informação a respeito dos benefícios da atividade física esteja atingindo a população de maior risco cardiovascular, como os idosos com SM, e de que possa estar modificando o seu comportamento. Para verificar se, de alguma forma, essas recomendações estão sendo incorporadas na vida diária da população sob maior risco, esse estudo tem por objetivo avaliar se os idosos de uma comunidade que apresentam o diagnóstico de SM estão realizando o mesmo nível de atividade física daqueles que não apresentam esse diagnóstico. População e Métodos - Participaram do estudo 362 idosos (246 mulheres e 116 homens), com média de idade de 68 anos, de uma amostra representativa de uma população. O diagnóstico de síndrome metabólica foi feito pelos critérios da IDF (International Diabetes Federation) e o nível de atividade física exercido foi estimado pelo IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física). ANCOVA foi utilizada para avaliar a associação de fatores de risco para SM com nível de atividade física nos dois sexos. Para calcular a odds ratio do diagnóstico de SM em diferentes níveis de atividade física foi utilizada regressão logística. Resultados - Não houve associação significativa entre o nível de atividade física e a síndrome metabólica. Os idosos que tinham o diagnóstico de SM apresentavam o mesmo nível de atividade física daqueles que não tinham esse diagnóstico, sem diferença de gênero. O odds ratio (intervalo de confiança de 95%), ajustado por sexo e idade, para a presença de síndrome metabólica tendo como referência os insuficientemente ativos foi de 1,04 (0,6 a 1,7) e 1,15 (0,7 a 2,0), respectivamente, nas categorias dos suficientemente ativos e dos muito ativos. Discussão Esse estudo evidenciou que, em idosos de uma comunidade do sul do Brasil, aqueles que apresentam o diagnóstico de SM não apresentam níveis de atividade física diferentes daqueles sem esse diagnóstico. Isso pode sugerir que a informação a respeito da importância da atividade física já se faz presente nessa população de maior risco.

ASSUNTO(S)

medicina medicina atividades motoras idosos obesidade sÍndrome metabÓlica

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