Significação e enfrentamento de adolescentes portadores de epilepsia / Coping of disease in teenagers with epilepsy
AUTOR(ES)
Fabiana Cancian
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/06/2011
RESUMO
A epilepsia, como qualquer outra doença crônica impõe modificações na vida do adolescente e sua família, exigindo estratégias para o enfrentamento e consequentemente readaptações frente à nova situação. Esse processo depende não só da complexidade e da gravidade da doença, mas também das crenças, estratégias de enfrentamento e sentimentos do paciente, seus pais ou cuidadores em relação aos seus problemas. Para o adolescente, ser um portador de epilepsia tem um significado formado a partir de vivências individuais e do convívio com a doença. O espaço que a doença ocupa no estilo de vida do paciente depende desse significado, que é único. Tem influências internas baseadas no histórico individual e na fase de transição deste período do desenvolvimento em que se encontra, e externas, baseadas na representação social da epilepsia tanto no grupo familiar quanto em outros grupos que o adolescente está inserido. O objetivo do presente trabalho é avaliar a percepção e os modos de enfrentamento da doença do adolescente portador de epilepsia com a percepção da doença para seus pais. Participaram da pesquisa trinta adolescentes com idade entre 11 a 19 anos, diagnosticados com epilepsia, pelo ambulatório de Neurologia, que foram encaminhados para o ambulatório de Psicologia aplicada à Neurologia. Cada paciente respondeu a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e seus pais ou cuidadores, separadamente, passaram por uma entrevista estruturada. Nesta amostra de adolescentes com epilepsia, onde é esperado que o maior estressor seja a doença, os resultados mostram uma maior utilização de estratégias focalizadas no problema seguida de práticas religiosas e busca de suporte social comparado com a menos utilizada, estratégias focalizadas na emoção. Este fato parece refletir uma atitude em busca de cuidado com a saúde (focalização no estressor), já que foram constatadas no próprio serviço de atendimento e apoio. Quando os pais recebem orientação sobre a doença, medicação, aspectos comportamentais e sociais, quando podem expressar sentimentos e falar de suas atitudes, e consequentemente ter uma percepção positiva em relação à doença, há uma melhor adaptação e ajustamento dos filhos
ASSUNTO(S)
epilepsia adolescentes percepção doença crônica epilepsy teenagers doença crônica perception
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000803013Documentos Relacionados
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