(Sem) saber e (com) poder nos estudos organizacionais
AUTOR(ES)
Faria, José Henrique de, Meneghetti, Francis Kanashiro
FONTE
Cadernos EBAPE.BR
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-03
RESUMO
Bacon afirma que saber é poder. Tragtenberg contesta. Essa discussão, na contemporaneidade, faz-se mais importante do que se possa imaginar. Por isso, o objetivo central deste artigo é verificar as relações entre saber e poder, na atualidade, levando em consideração o papel da ciência e dos elementos imediatos a ela relacionados. Quanto aos objetivos específicos deste estudo, destacam-se: · compreender o sentido da filosofia e da ciência e suas relações com a ideologia; · verificar como o discurso da neutralidade axiológica da ciência se apresenta como mito da modernidade e como se dá a presença da "fé" na filosofia e na ciência, na contemporaneidade; · refletir sobre a consolidação da ciência como força produtiva e/ou como mercadoria no atual sistema econômico; · destacar a importância do complexo industrial militar como financiador de grande parte dos atuais estudos científicos; · entender o processo de racionalização, avaliando a importância do pragmatismo e da burocracia universitária como afirmação da ciência na atualidade. O texto conclui que tanto é possível a existência de saber como poder (Bacon) como a de não saber, mas com poder (Tragtenberg) para compreendermos a relação entre saber e poder.
ASSUNTO(S)
estudos organizacionais poder saber ciência teoria crítica
Documentos Relacionados
- A analítica de Foucault e suas implicações nos estudos organizacionais sobre poder
- Implicações do uso das formulações sobre campo de poder e ação de bourdieu nos estudos organizacionais
- DEZ ANOS SEM (COM) ANDRÉ GORZ - INTRODUÇÃO
- Pragmatismo e os pragmáticos nos estudos organizacionais
- Integrando fronteiras nos estudos organizacionais