Seleção de planta hospedeira por Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) (Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiini), no SE do Brasil : uso, preferencia e desempenho larval
AUTOR(ES)
Renato Rogner Ramos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
Uma comunidade de Heliconiini foi estudada no Parque Ecológico do Morro do Voturuá, no município de São Vicente, SP. Cinco espécies de plantas potencialmente hospedeiras (passifloras) estão disponíveis para a borboleta He/iconius erato phyllis. A relação Heliconiini-Passiflora, sobretudo defesas químicas, somadas a fatores ecológicos, genéticos, comportamentais, sazonais e fenológicos parecem governar a preferência desta borboleta sobre suas hospedeiras. Observações de campo e testes em condições seminaturais compararam os padrões de uso (no campo) e preferência (em insetário) das fêmeas, podendo envolver. atração química. O desempenho larval sobre as passifloras, enfocou possíveis influências destas plantas sobre o desenvolvimento da larva. O uso das hospedeiras no campo parece estar correlacionado com suas respectivas disponibilidades de acordo com a estação do ano. Nos testes em cativeiro, ocorre uma tendência de generalização na escolha das plantas à medida que se aproxima a primavera e uma rápida recuperação da preferência por Passiflora capsularis durante os meses de verão e outono. Os testes de desempenho larval apontaram uma coerência entre a planta mais usada com um bom desempenho larval. Passiflora capsularis e P. edulis dividem os resultados de melhor desempenho apesar da segunda ser escassa no campo e pouco utilizada. Passiflora jileki, a mais abundante no campo, apresenta o segundo maior percentual de uso, provavelmente devido a sua grande disponibilidade, mas o desempenho das larvas sobre ela é inferior as duas primeiras. O balanço entre seus percentuais de emersão (baixas) e o número. de P. jileki parece compensar seu uso no campo. Passiflora a/ata apresentou-se tóxica para as larvas e poucas plantas foram usadas no campo e no cativeiro. Passiflora amethystina não foi usada por nenhuma fêmea tanto no campo como no cativeiro e, portanto não se apresentou como uma hospedeira potencial. Os períodos sazonais e a interação destes com as espécies de hospedeiras, tiveram grande influência sobre o desempenho larval
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
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