Secagem ao ar livre de toras de um clone de Eucalyptus urophylla empregado na carbonização

AUTOR(ES)
FONTE

CERNE

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

A secagem da madeira é uma das etapas do processo de carbonização e seu controle é de grande importância no rendimento e na qualidade do carvão vegetal produzido. Nas empresas produtoras de carvão, após o corte, a madeira é empilhada nas margens das estradas ou próxima aos fornos de carbonização e é carbonizada após 90 dias de secagem ao ar livre, quando se deseja alcançar 30% de umidade. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a secagem ao ar livre de toras de um clone de Eucalyptus urophylla empregado na produção de carvão vegetal, analisando-se a perda de umidade no tempo, influência da casca e do diâmetro das toras no processo. Foram utilizadas toras com casca e sem casca, com diâmetros variando de 6,0 a 21,0 cm, densidade básica média de 0,496 g/cm³ e 3,60 m de comprimento, provenientes de um talhão comercial de Eucalyptus urophylla com 8 anos de idade. Pilhas de secagem ao ar livre foram instaladas em Paraopeba, Minas Gerais, Brasil e o acompanhamento da secagem foi realizado por pesagens periódicas das toras durante 80 dias. Ao final deste estudo, observou-se que as maiores perdas de umidade ocorreram nas três semanas iniciais. A umidade das toras sem casca (54%) e com casca (50%) foram próximas após 80 dias de secagem, com uma maior redução de umidade para as toras sem casca. A influência da casca na perda de umidade foi mais pronunciada nas três primeiras semanas. A redução de umidade ocorreu em intensidades diferentes em função do diâmetro das toras. Após 80 dias, a maior redução de umidade foi observada nas toras sem casca: 65% para as toras de maiores diâmetros e 80% para as de menores diâmetros. Já, para as toras com casca os resultados foram respectivamente 56% e 75%.

ASSUNTO(S)

carvão vegetal pilhas de toras teor de umidade

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