Saúde na escola : análise dos conhecimentos e práticas sobre saúde escolar dos professores da rede municipal de Fortaleza
AUTOR(ES)
RAQUEL FIGUEIREDO BARRETTO
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O conceito de saúde foi ampliado e as ações de promoção da saúde deixaram de ser exclusividade do setor saúde, passando a serem realizadas também por outros atores. A escola é um desses co-atores importantes pelo fato do ambiente escolar ser um espaço significativo na formação de crianças em processo de construção do conhecimento. Na escola, as ações de saúde devem contar com o apoio dos professores. Saber que conhecimentos os professores têm sobre saúde deve ser o primeiro passo para a elaboração de ações contundentes e relevantes para o indivíduo e o contexto em que ele está inserido. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os conhecimentos de saúde dos professores do ensino fundamental I do município de Fortaleza. Trata-se de um estudo analítico, transversal de natureza quantitativa realizado com 257 professores das 6 Secretarias Executivas Regionais (SER s). Os dados foram coletados através de questionários e analisados através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) - 13.0 e da análise de freqüência de Bardin (1977). Os resultados demonstram que 80,2% afirmaram que saúde é um completo estado de bem estar físico, mental; quase metade dos participantes, 43,6%, afirmaram que é importante o trabalho da escola quanto à saúde para a promoção da cidadania e qualidade de vida; mais da metade dos professores, 64,2% estudaram sobre o tema saúde durante sua formação; 41,2% consideraram satisfatória a qualidade destas informações adquiridas enquanto 47,9% consideram não-satisfatória, em contrapartida, 65,0% declara-se não se sentir preparado para trabalhar com o tema na escola. 80,9% conhecem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN s) e 76,7% sabem que a saúde é um dos temas transversais elencados nos referidos documentos. O motivo alegado pelos professores para o despreparo para o trabalho com o tema saúde deve-se à falta de conhecimento sobre o assunto, 29,6%, ou à falta de material didático, 28,8%. Mais da metade, 54,5%, encontram alguma dificuldade para trabalhar com o tema saúde na escola e o motivo alegado pelos entrevistados foi a falta de capacitação específica, 33,1%. Vimos com o estudo que os professores do município de Fortaleza conhecem o conceito ampliado de saúde, conhecem os PCN s, mas ainda se sentem despreparados para trabalhar com o tema na escola. Nosso estudo aponta a necessidade urgente de curso de capacitação de professores para atuarem como promotores da saúde na escola e do envolvimento do professor nas ações de educação em saúde na escola.
ASSUNTO(S)
educaÇÃo em saÚde - dissertaÇÕes promoÇÃo da saÚde - dissertaÇÕes saude coletiva
ACESSO AO ARTIGO
http://www.unifor.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=801731Documentos Relacionados
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