Saúde bucal de trabalhadores da construção civil: abordagem epidemiológica

AUTOR(ES)
FONTE

Journal of Applied Oral Science

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-03

RESUMO

Este estudo transversal foi delineado para avaliar as condições de saúde bucal de trabalhadores da construção civil em município da região centro-oeste do Estado de São Paulo. Foram examinados 219 indivíduos do sexo masculino, com idades entre 17 e 72 anos. O levantamento das condições bucais foi realizado em processo de amostragem aleatória simples, a partir do total de 450 inscritos na MEGA-SIPAT 2000 (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho). Foi utilizado o índice CPOD (cárie dentária) e necessidade de tratamento odontológico, segundo metodologia proposta pela Organização Mundial da Saúde (1997). Neste estudo, são descritas a prevalência de cárie segundo a idade, ocupação e escolaridade. Entre os 219 trabalhadores examinados, o valor CPOD apurado foi 16,9. Os trabalhadores mais jovens (<25 anos de idade) apresentaram média de 21,3 dentes sem necessidade de tratamento, enquanto os mais velhos mostraram necessidades progressivas de tratamento restaurador e reabilitador (p<0,001). Verificou-se índice CPOD de 15,6 para os trabalhadores de áreas administrativas e 21,7 para os mestres-de-obras, sem significância estatística. Houve aumento do índice CPOD segundo a idade, para todos os grupos de trabalhadores (p<0,001). A necessidade de tratamento auto-referida mostrou-se associada a valores CPOD mais baixos para os indivíduos que relataram resposta positiva, quando comparado àqueles que não apresentavam percepção de tais necessidades (p<0,05). Estas diferenças foram significantes, à análise de variância e teste t de Student. Para os trabalhadores da construção civil, neste estudo, não foram observadas lesões orais importantes, presentes em apenas 2,7% dos indivíduos, apesar da exposição diária a alguns fatores de risco para câncer de boca.

ASSUNTO(S)

saúde bucal saúde do trabalhador epidemiologia cárie dentária

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