Retratos de caipira: construção de um estereótipo em Ângelo Agostini (1866-1872)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Ao longo do desenvolvimento histórico de constituição da nação brasileira, a partir do século XIX, acentuam-se idealizações de construção de uma sociedade baseada nas noções de progresso e civilização. Em diversos momentos e de diferentes modos, projetavam-se ideais sociais para a nação em construção, que se formava nas políticas das elites associadas ao governo Imperial e numa economia fundamentada na escravidão. Essas noções que constituíam, ao mesmo tempo, a base ideal de partida e o termo de destino, eram referenciais tomados da Europa, especialmente da França, onde o desenvolvimento da técnica industrial entrava numa cadência firme de aceleração constante, sinalizando um processo irreversível de progresso e civilização. Neste contexto, como que uma justificativa da opção pelos modelos importados, o caipira, sujeito social relegado a um ostracismo histórico, passa a ser utilizado como representação do não progresso e do não civilizado. Este estudo procura, então, interpretar, dentro do referencial metodológico da Hermenêutica de Profundidade, e dos arcabouços conceituais desenvolvidos na História Cultural, como que as expressões simbólicas construídas com a imagem do caipira tinham potencial para operar como ideologia neste contexto social e histórico específico

ASSUNTO(S)

agostini, angelo, 1843-1910 caipira história cultural symbolic expressions cultural history historia cabriao (jornal) expressões simbólicas cultura -- brasil -- historia camponeses -- brasil caipira

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