Resultados iniciais com a utilização da anastomose mecânica aorto-safena: uma avaliação clínica e angiográfica
AUTOR(ES)
Jatene, Fabio B., Dallan, Luís Alberto O., Hueb, Alexandre C., Lisboa, Luiz A., Monteiro, Rosangela, Takeda, Flávio R., Marin, José Flávio G., Oliveira, Sérgio A.
FONTE
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
OBJETIVO: Relatar nossa experiência inicial com utilização do dispositivo mecânico para realização de anastomose aorta-safena. MÉTODO: Entre junho/2002 e maio/2003, 17 pacientes (pts) foram selecionados para emprego de anastomose mecânica, sendo 13 homens, com idade média de 64,4±9,4 anos, portadores de doença arterial coronariana. Foram realizadas 2,9±0,5 anastomoses/paciente, totalizando 49, sendo 19 com utilização de enxertos arteriais e 30 com veia safena. Dentre as pontes de veia safena, 11 (36,7%) foram convencionais e 19 (63,3%) utilizaram sutura mecânica (SM) aorto-safena. No período pós-operatório, foram analisados evolução clínica, alterações enzimáticas e eletrocardiográficas, bem como estudo angiográfico das anastomoses. RESULTADOS: Dos 17 pts, a SM foi empregada em 16 (94,1%). Utilizou-se circulação extracorpórea em 6 (37,5%) dos 16 pts que receberam SM, com tempo médio de 102,9 ± 16,9 minutos. A evolução pós-operatória foi satisfatória em todos os pts. No pós-operatório, não foram observadas alterações isquêmicas ou IAM em nenhum paciente. O estudo angiográfico das anastomoses foi realizado em 9 (52,9%) pts. As anastomoses da artéria torácica interna esquerda para ramo interventricular anterior apresentavam-se pérvias em 100% dos casos. Das 15 anastomoses de veia safena estudadas, 11 (73,3%) eram de SM e 9 (81,8%) apresentavam-se pérvias. Todas anastomoses convencionais de veia safena estavam pérvias. Não se observou óbito hospitalar. No seguimento tardio, 88,2% dos pacientes apresentam-se livres de eventos cardiovasculares. CONCLUSÕES: A SM mostrou-se factível, mas é necessária uma análise mais ampla dos benefícios de sua utilização em relação ao tempo operatório, agressão ao paciente, perviabilidade do enxerto e custo final.
ASSUNTO(S)
doenças cardiovasculares revascularização miocárdica coronariopatia
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