Resistência microbiana à clindamicina em isolados clínicos de Staphylococcus sp. provenientes de hemoculturas de pacientes hospitalizados

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/06/2016

RESUMO

RESUMO Introdução: As infecções causadas por cepas de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) tornaram-se comuns no âmbito hospitalar, e essa resistência limitou o tratamento dos pacientes com antibióticos betalactâmicos. A clindamicina é um importante agente terapêutico para as infecções por MRSA, porém a resistência a macrolídeos, lincosamida e estreptogramina B (MLSB) induzível (iMLSB) tem conferido falhas terapêuticas ao uso desse antimicrobiano, com consequente aumento da mortalidade e do tempo de internação dos pacientes. Objetivo: Este estudo foi realizado com o propósito de detectar fenótipos de resistência constitutiva e induzível à clindamicina em amostras de hemoculturas do gênero Staphylococcus sp. de pacientes internados. Material e métodos: Foram analisadas 100 amostras bacterianas provenientes de hemoculturas de pacientes adultos, as quais foram identificadas por testes fenotípicos convencionais e submetidas à determinação do perfil de sensibilidade e resistência com discos de cefoxitina, eritromicina e clindamicina e à pesquisa fenotípica de resistência iMLSB pelo D-teste. Os resultados foram interpretados de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) 2014. Resultados: Neste estudo, 65% das 60 amostras bacterianas foram sensíveis à cefoxitina e 35%, resistentes. O fenótipo de resistência MLSB constituído (cMLSB) foi observado em 15,56% das amostras de methicillin-sensitive Staphylococcus aureus (MSSA), 33,33% de methicillin-sensitive coagulase-negative Staphylococcus (MSCONS), 26,67% de MRSA e 20% de methicillin-resistant coagulase-negative Staphylococcus (MRCONS), enquanto a resistência iMLSB foi verificada apenas em isolados sensíveis à cefoxitina, correspondendo a 80% em MSSA e 20% em MSCONS. Conclusão: O D-teste é um teste essencial para o monitoramento constante do iMLSB (que pode comprometer a eficácia do tratamento com clindamicina), minimizando possíveis erros terapêuticos e desfechos clínicos desfavoráveis.

ASSUNTO(S)

staphylococcus aureus resistente à meticilina clindamicina testes de sensibilidade microbiana

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