Inadequação de tromboprofilaxia venosa em pacientes clínicos hospitalizados
AUTOR(ES)
Rocha, Ana Thereza C., Braga, Priscila, Ritt, Guilherme, Lopes, Antônio Alberto
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
O risco de tromboembolismo venoso (TEV) é alto em pacientes internados, mas pode ser reduzido com a utilização adequada de profilaxia. OBJETIVO: Avaliar a utilização e adequação de profilaxia para TEV em pacientes clínicos internados. MÉTODOS: Estudo de coorte transversal em pacientes internados por doenças clínicas em quatro hospitais de Salvador. RESULTADOS: Foram avaliados 226 pacientes: 15,5% em UTIs clínicas, 79% tinham idade > 40 anos e 48% eram homens. A maioria (97%) apresentava pelo menos um fator de risco (FR) para TEV: mobilidade reduzida em 79% e diagnóstico principal como FR em 62%. Dos 208 candidatos a profilaxia, 54% receberam alguma forma: heparina não fracionada (HNF) em 44%, heparina de baixo peso molecular (HBPM) em 56% e métodos mecânicos em dois pacientes. A taxa de utilização foi semelhante entre hospitais privados e públicos (51% versus 49%), mas HBPM predominou em privados (97%) e sem residência médica e HNF em públicos (86%). HBPM foi usada mais freqüentemente que HNF em pacientes > 40 anos, em brancos que em negros ou mulatos, e menos freqüentemente em pacientes com contra-indicações para heparina. Dos 112 pacientes com profilaxia, 63% receberam dosagem adequada: HBPM em 95,2% e HNF em 20,4%. Profilaxia para TEV foi adequada em apenas 33,6% (70/208) dos pacientes. CONCLUSÃO: FR para TEV são freqüentes em pacientes clínicos. Existe ampla variabilidade da profilaxia prescrita em hospitais públicos e privados. HBPM é utilizada mais adequadamente que HNF, entretanto, apenas a minoria dos pacientes clínicos hospitalizados e candidatos a profilaxia recebem dosagem adequada.
ASSUNTO(S)
tromboembolismo fatores de risco prevenção e controle medicina interna heparina diretrizes para a prática clínica
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