Resistencia e praticas pedagogicas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Nosso trabalho analisa como as reformas educacionais, em especial as curriculares, são recebidas e interpretadas no cotidiano escolar, pela forma como são elaboradas, divulgadas e implementadas pelos órgãos públicos dirigentes, ao considerarem os profissionais da educação como recursos e não como agentes nesse processo. Dessa forma, enfocamos o universo escolar e docente de uma Escola de Ensino Fundamental (1a à 4a séries) do interior do estado de São Paulo, dentro de uma abordagem qualitativa de pesquisa, envolvendo 13 professores e 03 diretores de escola que ali atuam ou atuaram no espaço de tempo entre a promulgação da nossa primeira (1961) e da atual (1996) LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Tivemos a oportunidade de analisar como esses profissionais, inseridos na cultura da escola produzida por uma complexa trama de relações sociais e tradições docentes, que a tomam singular e original, interpretam e reinterpretam os documentos curriculares oficiais, nas condições concretas na qual a prática pedagógica vai sendo construída. Adotamos um estudo histórico da constituição do sistema escolar brasileiro para chegar à escola que hoje temos, cujo cenário traz à tona aspectos ideológicos do processo político-econômico-cultural das reformas educacionais e das culturas escolares, com suas tensões e relações dialéticas. Evidencia-se também, nesse estudo, o papel do currículo oficial como um instrumento de controle ideológico o que toma as práticas pedagógicas um espaço de conflitos, marcado pela acomodação, reprodução e resistência, frente às mudanças propostas por determinações legais

ASSUNTO(S)

pratica de ensino curriculos - mudança cultura escolas

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